GURUS BARATOS, DISCÍPULOS BARATOS A VERDADE SOBRE O MESTRE ESPIRITUAL



CAPÍTULO TRÊS
GURUS BARATOS, DISCÍPULOS BARATOS
A VERDADE SOBRE O MESTRE ESPIRITUAL
"A primeira coisa que eu advirto, Acyutananda: Não tente dar iniciação. Você não está em uma posição apropriada para iniciar ninguém agora.(...) Não seja iludido por tal maya. Eu estou treinando todos vocês para se tornarem futuros mestres espirituais, mas não se apressem. (...) Não se atraiam imediatamente por tais discípulos baratos. É preciso elevar-se gradualmente através do serviço. (...) Estes serviços são muito importantes. Não se atraia por discípulos baratos. Prossiga firmemente para prestar serviço em primeiro lugar. Se você imediatamente se tornar guru, então o serviço irá parar, e como há muitos gurus baratos e discípulos baratos sem nenhum conhecimento substancial e inventando novas sampradayas, o serviço para, e com isso para todo o progresso espiritual. Você já havia mencionado uma de tais sampradayas não fidedignas, a Jaya Sri Sampradaya. Assim, deixem-me saber imediatamente o que vocês estão fazendo com respeito às três importantes atividades que eu confiei a vocês." (carta a Acyutananda e Jaya Govinda, 21/08/68)
Nota: Claro, os “gurus” da ISKCON dizem: "Nós não estávamos com pressa; nós esperamos seis meses após a partida de Prabhupada para oficialmente declarar a nós mesmos como mestres espirituais a serem adorados." Levam muitos anos para obter-se uma licença para extrair um dente ou praticar medicina, mas para ganhar um trono na ISKCON leva muito menos que isso. Talvez se pudesse fazer propaganda disso. Iria atrair um grande número de seguidores, o que é a evidência de um movimento fidedigno, certo?
"Quanto a sua próxima pergunta: ‘Somente uns poucos devotos puros podem dar liberação aos outros?', quem quer que seja, se for um devoto puro, pode liberar os demais, pode tornar-se um mestre espiritual. Porém a menos que alguém esteja nessa plataforma, não deveria tentar. Senão ambos vão pro inferno, como cego guiando cego." (carta a Tusta Krishna, 14/12/72)
Nota: Os devotos puros de Krishna não são baratos como os da ISKCON hoje. Mesmo o status do devoto madhyama é difícil de alcançar. A plataforma mais elevada de um devoto puro geralmente leva uma vida toda de trabalho duro, sincero, humilde e sério, e apenas um entre milhares alcança (BG, 7.3). Prabhupada foi um devoto puro desde seu nascimento, mas ele estabeleceu o exemplo para nós ao esperar onze anos para receber iniciação formal. Por que toda esta impaciência hoje? Iniciação é um assunto sério, e não algo que se faz caprichosamente. Nenhuma pessoa sã precipita-se em um compromisso destes. Cante, estude e sirva a Prabhupada através de seus livros com algum devoto competente e humilde. Então você está salvo. Krishna pessoalmente irá enviar um devoto puro quando aquele que busca está pronto. Obter um mestre espiritual fidedigno não é um processo de buscar do lado de fora. É um processo interno de purificação das próprias motivações. O único esforço necessário é tentar tornar-se sincero.
Em um sentido mais amplo, muito pouco mudou desde que Prabhupada abandonou o planeta. Muito antes ele já havia colocado o destino de seu movimento nas mãos de seus livros. Mais e mais ele viu que os seus líderes não os estavam seguindo ou mesmo lendo. O GBC estava fora do controle: "O quê eu posso fazer?" Alguns deles mal podiam esperar para dividir o bolo e começar a serem adorados.
"Sim, eu estou feliz que o seu centro está indo tão bem e todos os devotos estão agora apreciando a presença de seu Mestre Espiritual ao seguir Suas instruções, embora Ele não esteja fisicamente presente; este é o espírito correto." (carta a Karandhara, 13/09/70)
Nota: Aderência às instruções do guru é a medida mais importante da legitimidade dos devotos.
"No que diz respeito à ação de Bon Maharaja, nós iremos discutir o assunto quando nos encontrarmos. Para o presente momento, você deve saber que este cavalheiro é muito ambicioso materialmente. Ele quer utilizar a consciência de Krishna para o seu nome e fama materiais. Às vezes ele ofendia muito nosso Guru Maharaja, e aconteceu que no último estágio, Guru Maharaja praticamente o rejeitou. E o resultado nós vemos: em vez de se tornar um pregador da consciência de Krishna, este cavalheiro artificialmente tornou-se o diretor de um instituto mundano. Tornar-se uma pessoa muito importante de acordo com a estimativa material não é sucesso na consciência de Krishna. (...) No todo, saiba que ele não é uma pessoa liberada, e portanto ele não pode iniciar ninguém na consciência de Krishna. Para isto é preciso bênçãos espirituais especiais das autoridades superiores.
As afirmações de Thakura Bhaktivinode são tão boas quanto as escrituras, pois ele é uma pessoa liberada. Geralmente o mestre espiritual vem de um grupo de tais associados eternos do Senhor; mas qualquer um que segue os princípios de tais pessoas eternamente liberadas é tão bom quanto aqueles nesse grupo. (...) Uma pessoa que é um acarya liberado e guru não pode cometer erro algum, porém há pessoas que são menos qualificadas ou não liberadas, mas que ainda assim podem agir como guru e acarya ao seguir estritamente a sucessão discipular." (carta a Janardana, 26/04/68)
Nota: Esta é uma das principais bases na qual os “gurus” da ISKCON afirmam serem acaryas. É um fato inegável que se alguém está estritamente seguindo seu guru, então ele mesmo pode agir como guru. Porém, aqui Prabhupada usa as palavras “como guru”. Está claramente implicado que na ausência de um acarya liberado, um devoto na plataforma neófita, e que por definição está seguindo estritamente os princípios do acarya eternamente liberado, pode “agir como” via do parampara. Ele pode ser considerado um devoto puro, mas não um devoto puro liberado. Ele está no mesmo nível mencionado acima. Ao “agir como” guru, ele não está além do risco de queda, e assim, ele deve ser cuidadoso para seguir estritamente as instruções dos verdadeiros devotos puros e não tentar imitá-los. Ele não deve inventar nada. Ele deve viver muito humildemente e não permitir uma adoração pomposa de si mesmo, pois isso se reserva àqueles que de fato estão completamente em contato com o Supremo. Seus seguidores devem claramente entender que tal devoto “agindo como” guru não é um devoto completamente puro, e que eles somente podem avançar até certo ponto sob tal limitada orientação. No Néctar da Devoção, capítulo seis, Prabhupada recomenda que se alguém é sério, ele não deve aceitar iniciação de alguém exceto um devoto puro na plataforma mais elevada. E consolidando esta instrução, ele recomenda que a menos que alguém seja um devoto na plataforma mais elevada, ele deve permanecer simples e humilde e pregar para amigos e parentes em casa (Caitanya Caritamrta, Madhya, 7.130). Assim, sob a luz destas instruções um devoto sincero “agindo como” guru é de fato um siksa-guru e deve ser respeitado como tal. Não um diksa-guru. O propósito deste livro é fazer claro que os “gurus nomeados” da ISKCON, que estão sendo adorados como se eles fossem uttama-adhikaris, não estão estritamente seguindo as instruções de Prabhupada e assim eles não são qualificados para “agir como” acarya, siksa-guru ou qualquer destas coisas. Eles constantemente cometem sérios erros e ofensas porque eles não são liberados nem humildes.
Apenas alguém que está praticando muito estritamente pode ser considerado tão bom quanto os devotos eternamente liberados. Porém, se ele para de seguir estritamente os princípios básicos de austeridade e humildade, então ele cai imediatamente. Então, seu serviço é em vão. Isto é bom senso e pode ser ilustrado com o seguinte exemplo. Se alguém frequenta a faculdade de direito, entende-se que ele será um advogado no devido tempo. Garotas tendem a perambular pelo campus das faculdades de direito para atrair tal potencialmente rico esposo. Ele ainda não é rico, mas elas sabem que será uma questão de tempo até que ele se torne rico. No sentido absoluto, se alguém está seguindo estritamente o caminho, ele já é rico. É apenas uma pequena questão de tempo que separa, e tempo é relativo. Porém, se nesse meio tempo garotas o distraírem através de seus atrativos femininos, e se consequentemente ele se absorver em tais prazeres e por isso negligenciar seu estudos, então ele não se tornará um advogado ou um homem rico. A garota tola que casar com ele será pobre a vida toda.
Assim, da mesma forma, se alguém encontra um devoto que é muito sério sobre a consciência de Krishna, então tal pessoa pode presumir que esse devoto se tornará um devoto na plataforma mais elevada no devido tempo. Desta maneira ele pode ser considerado “tão bom quanto o grupo de devotos eternamente liberados”. Vocês devem oferecer-lhe reverências e aceitar orientação dele. Porém, porque ele não é completamente liberado, ele não pode ser adorado pomposamente, senão se deixará levar por isso. Ele deve ser muito humilde para que ele possa avançar mais. Srila Prabhupada disse: "Não devemos imitar o comportamento de um devoto avançado ou maha-bhagavata sem sermos auto realizados, pois por tal imitação nós eventualmente nos degradaremos." (Néctar da Devoção, 6) Em outras palavras, se alguém imita a posição de uma alma completamente liberada aceitando o serviço e adoração que se reserva a um uttama-adhikari, ele se desvia. Alguém desviado tem sua queda garantida. Alguns destes “gurus” da ISKCON pode haver seguido estritamente em um certo ponto; alguns nunca seguiram estritamente. Alguns podem ter alguma humildade; alguns nunca tiveram humildade alguma. Porém agora todos eles mudaram suas faces e estão indo direto para o desfiladeiro. Alguns ficaram completamente loucos, como o recente escândalo de Harikesa revela.1
Assim, para o devoto aspirante, é melhor continuar a estudar e seguir as instruções de Prabhupada sinceramente. Não há pressa. Esta pressa foi criada pelo GBC. Em parte alguma na literatura védica existe a pregação de tal conceito. Guru, sastra e sadhu é a fórmula. Guru é apenas um dos três. Nós temos Guru: Srila Prabhupada. Nós temos sastra: os livros de Prabhupada. Nós temos sadhu: os devotos humildes e sinceros. “Krishna está preparado para conceder Sua misericórdia a todas as entidades vivas, e assim que uma entidade viva deseja a misericórdia do Senhor, o Senhor imediatamente dá a ela a oportunidade de encontrar um Mestre Espiritual fidedigno." (Caitanya Caritamrta, Madhya, 19.151). Esta é a essência desta importante carta. Se alguém discorda, então que eles apresentem sua posição. Nós iremos debater.
"Para responder ao seu último ponto, alguém que ensina pode ser tratado como Mestre Espiritual. Não é que depois de sermos iniciados nós nos tornamos perfeitos. É preciso ensino. Então se nós recebemos instruções deles, todos os irmãos espirituais sênior podem ser tratados como guru, sem problema. Na verdade você tem apenas um Mestre Espiritual que inicia você, assim como você tem apenas um pai. Porém cada vaishnava deve ser tratado como ‘prabhu’, mestre, superior a mim, e neste sentido, se eu aprendo dele, ele pode ser considerado como guru. Não é que eu desobedeço meu verdadeiro Mestre Espiritual e chamo alguém mais de Mestre Espiritual. Isso é errado. O fato é apenas que eu chamo de Mestre Espiritual alguém que está me ensinando puramente o que meu Mestre Espiritual iniciador ensinou. Você entende o sentido" (carta a Sri Galim, 20/11/71)
Nota: Aqui Prabhupada está mais uma vez fazendo uma clara distinção entre o “verdadeiro Mestre Espiritual” e alguém que “pode ser considerado como guru”. Há apenas um guru: o uttama-adhikari. Esse ainda é Srila Prabhupada. Qualquer outro, nomeado ou não, se ele está seguindo estritamente a Srila Prabhupada, ele pode ser “considerado guru”, mas não ser adorado como se ele fosse um uttama-adhikari, a menos que ele tenha sido abençoado dessa forma. Nós especificamente escutamos de Sriman Rohini Kumara Swami que Srila Prabhupada informou o seu movimento que não haveria mais uttama-adhikaris imediatamente após seu desaparecimento (Conversação em Nova Iorque, 1968). Da experiência prática, nós todos temos boas razões para acreditar que isso continua assim.
"Eu entendo que um devoto está se ocupando como servo pessoal de Taittireya. Nenhum devoto pode ser engajado como servo pessoal desta maneira. Caso contrário todos farão o mesmo. (...)
Eu ouvi de Madhavananda que outros devotos estão adorando você. Claro, é apropriado oferecer reverências a um vaishnava, mas não na presença do mestre espiritual. Esse estágio chegará, mas agora espere. Senão isso irá criar facções." (carta a Hamsaduta, 01/10/74)
Nota: Prabhupada não está dizendo aqui que após sua partida qualquer um deve ser adorado, não importa quão canalha seja. Ele está indicando que seus discípulos irão sem dúvida começar seus próprios templos, etc. Esta não era apenas a expectativa de Prabhupada, mas a sua ordem. Os filhos naturalmente se tornam pais. Inevitavelmente alguns devotos não seguirão tão estritamente e formarão facções. Outros representam Srila Prabhupada mais puramente. O trabalho do GBC não é controlar os diferentes projetos de pregação dos discípulos, mas sim assegurar que aqueles que não representam Prabhupada puramente não sejam chamados ISKCON. Porém, antes do GBC poder fazer seu trabalho, eles mesmos devem saber o que significa representar Prabhupada. “Gurus” que bebem sêmen não podem representar Srila Prabhupada, e se alguém disser que eles representam...
"Eu estou anexando aqui uma carta de Krishna devi a qual fala por si mesma. Por favor, responda a ela que ela não pode ficar encarregada de um de nossos centros porque ela violou o regulamento de nossa Sociedade. Apesar de ter seu marido legalmente, ela se envolveu em sexo ilícito, assim isso é uma violação deliberada de nossas regras e regulamentos. No que diz respeito às suas atividades conscientes de Krishna, ela pode executá-las muito bem onde mora, e eu dou-lhe todas as bênçãos, pois a porta da consciência de Krishna está aberta para todos, mas quando alguém está encarregado de um centro, ele tem que estar completamente acima de qualquer suspeita. " (carta a Brahmananda, 12/03/68)
Nota: Nesta carta esta claro que nenhum dos atuais “gurus” são qualificados para ser presidente de um templo, o que dizer de GBC ou “guru”, pois eles não estão de alguma maneira acima de suspeita. Seu mal comportamento tem sido descarado, e por causa disso a suspeita é intratável.
"Em sua carta você deixou claro que você está tendo dificuldades com o desejo sexual e pediu que eu o instruísse como lidar com este problema do corpo material.
Primeiro de tudo, eu acho que você deve saber que tais problemas não são mais do que naturais, pois neste corpo a alma condicionada está muito sujeita a falhar. Porém nós também devemos lembrar que tal falha não nos desencorajará de executar a missão mais importante de nossa vida, nos tornarmos completamente conscientes de Krishna. Assim, qualquer que tenha sido a queda, você deve sentir-se arrependido, mas esta não é uma desqualificação permanente. Contudo, você deve tentar controlar-se para evitar tais coisas artificiais e refugiar-se completamente aos pés de lótus de Krishna. (...)" (carta a Upendra, 09/12/68)
Nota: Muitos dos “gurus” de hoje usam concessões como esta para justificar seu comportamento pervertido. Eles dizem que muito embora eles tenham cometido as ações mais abomináveis, eles são santos porque estão corretamente situados. Se eles fossem humildes e não posassem como uttama-adhikaris, isso podia ser verdade. Porém um guru não pode usar tais versos como desculpa. Um guru deve ser exemplar. O que eles de fato estão fazendo é chamado cometer ofensas baseados na força do cantar do Santo Nome. Em muitos lugares Prabhupada refere-se às fraquezas e pequenas quedas como “o chute de uma criança no ventre”. Ele nunca de fato condenou tais crianças sujeitas a falhar, porém ele nunca disse que crianças presunçosas podiam posar como devotos puros, quer uttama ou madhyama. (Vejam o apêndice 22, segunda parte, para uma análise mais profunda desta síndrome.
"Simplesmente porque não há estoque de livros nós podemos fazer qualquer coisa caprichosamente??? Isso é lógica? O Gita não foi falado em Vrindavana; foi falado no campo de batalha de Kuruksetra. Essa carruagem puxada por quatro cavalos é a verdadeira pintura de Kuruksetra. Não é que porque não há estoque nós podemos agir caprichosamente como quisermos e perder a idéia. Isso é rasa abhasa. Porque não tem pão você comeria pedra??? A pintura da frente é muito importante, e você a mudou." (carta a Bhargava, 29/05/76)
Nota: Esta analogia é muito apropriada ao “caso dos gurus” na ISKCON. Assim eles agora pensam que simplesmente porque não há devotos puros por perto eles podem fazer qualquer coisa caprichosamente.??? Isso é lógica? Devotos puros não são nomeados; eles são auto manifestos. Porém, estas pessoas nomearam umas às outras. Devotos puros são reconhecidos pela sua falta de desejos materiais; eles têm todas as boas qualidades, e eles nunca se desviam da autoridade do Guru, sastra e sadhu. Esta é a forma de reconhecer um devoto puro. Não é que porque não há devotos com estas qualificações por perto que nós podemos agir caprichosamente como quisermos e perder a idéia do que é um guru. Isso poluirá tudo. Porque não tem pão você comeria pedra??? Não há devotos puros, então todos estão adorando qualquer Zé Mané que sente no trono. As qualificações para ser um guru são a coisa mais importante, mas eles mudaram isso.
"Meu conselho é sempre cantar 16 voltas no mínimo e seguir os quatro princípios regulativos. Todos os meus discípulos concordam neste ponto, caso contrário eles não são meus discípulos. Eles podem morar em qualquer lugar, mas devem seguir os princípios. A discórdia irá continuar neste mundo material. Assim, eles podem morar em um lugar agradável, mas devem seguir estes cinco princípios. Meus discípulos devem seguir este cinco princípios quer morem no paraíso ou no inferno." (carta a Raja-Laksmi dasi, 17/02/76)
Nota: Não é preciso dizer que se alguém que recebeu formalmente a primeira iniciação não está seguindo estritamente, e portanto não é um discípulo, então alguém que não recebeu iniciação formal, mas está seguindo estritamente, é um discípulo. Você pode morar em qualquer lugar, mas para ser discípulo de Prabhupada, aqui estão as qualificações. Há verdadeiros discípulos de Prabhupada por todo o mundo que talvez nunca tenham estado em um templo, mas que obtiveram um livro e estão seguindo. Prabhupada diz aqui que mesmo morando no inferno, se alguém seguir, ele é um discípulo. A questão, se é preciso que o guru esteja fisicamente presente para que alguém possa ir de volta ao Supremo, não é uma questão muito crucial. O Guru é um. Isso significa que se alguém estritamente segue as instruções de Prabhupada, então ele está automaticamente ligado com Prabhupada e todo o sistema do parampara. Isso está claro nas seguintes cartas.
"Você perguntou: ‘Quão sério seria para mim perder a oportunidade de ouro de tornar-me seu discípulo iniciado?’ Você deve saber que o valor de aceitar um mestre espiritual fidedigno é maior do que nós podemos calcular. Não é uma mera formalidade. Claro, todos são encorajados a cantar Hare Krishna, mas até que eles abandonem as atividades pecaminosas e se tornem determinados a servir a Krishna haverá chance de que eles sejam vítimas de todos os tipos de desejos materiais e terão que voltar na próxima vida, e não há garantia de que eles nascerão na forma de vida que desejam.
Eu sei que você tem visitado o nosso templo em Boston às vezes, e que você deseja ser um devoto sincero de Krishna. Assim, vá em frente com o cantar e orar a Krishna para que Ele lhe dê força para avançar em Seu serviço. Todavia, é um fato que nós devemos no tornar livres de todos os desejos materiais antes de ir de volta ao Supremo, e isto só pode ser obtido ao seguir as instruções de um mestre espiritual fidedigno." (carta a Ravendra Gupta, 12/02/74)
"É um princípio básico que se deve aceitar um mestre espiritual fidedigno a fim de atingir a perfeição mais elevada da vida, amor por Deus. Eu agradeço muito a todos vocês por aceitar-me como seu mestre espiritual, e eu prometo que eu os levarei de volta ao lar, de volta ao Supremo. Eu peço que vocês todos prometam cantar pelo menos 16 voltas. Sigam os princípios regulativos, leiam os nossos livros e tentem pregar este movimento para a consciência de Krishna pelo mundo todo. No que diz respeito às minhas qualificações, eu simplesmente estou tentando seguir a ordem de meu Guru Maharaja." (carta a Nityananda, 21/11/71)
Nota: Nas três cartas acima as verdadeiras qualificações para ser um discípulo são especificadas. Prabhupada nunca enfatizou em nenhum lugar, nenhuma carta, livro ou palestra a necessidade absoluta de diksa física. Ele enfatizou as instruções. Caso contrário, por que ele estaria tão preocupado em escrever seus livros? Ele sabia que seus discípulos ainda não eram qualificados para se tornarem gurus. O fato é que Prabhupada ainda está tanto conosco como sempre esteve. Na verdade, ainda mais. Antes de Prabhupada abandonar o planeta, os devotos estavam sob a ilusão de que ele estava presente enquanto estava vivo. Como os devotos são capazes de entender Prabhupada como Prabhupada queria ser entendido? Em suas instruções. Ele de fato está em seus livros. Qualquer um que aceite os livros de todo o coração é um discípulo de Prabhupada, quer ele tenha visto Prabhupada ou não. Se alguém pergunta a essa pessoa: “Quem é o seu guru?”, ela irá com toda honestidade dizer: “Meu Guru é Sua Divina Graça A. C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada, pois eu aceitei suas instruções como minha vida e alma.” Este ponto está claro nas próximas cartas.
Se tal devoto encontra um discípulo mais avançado de Srila Prabhupada e desenvolve completa confiança que aquele devoto mais elevado de fato representa Srila Prabhupada, ele pode aproximar-se mais de Srila Prabhupada através das instruções subjetivas de tal siksa-guru na linha de Srila Prabhupada.
"Com respeito à sua questão sobre a sucessão discipular vindo de Arjuna, é assim como eu tenho muitos discípulos, no futuro estes muitos discípulos terão muitos ramos de sucessão discipular. Assim, em uma linha de discípulos talvez não vejamos outro nome vindo de uma linha diferente, porém isso não significa que esse nome que não aparece não está na sucessão discipular. (...) Outro ponto é que a sucessão discipular não significa que alguém tem que ser diretamente discípulo de um pessoa em particular. As conclusões que eu tentei explicar no nosso Bhagavad-gita são as mesmas conclusões de Arjuna. Arjuna aceitou Krishna como a Suprema Personalidade de Deus, e nós também aceitamos a mesma verdade sob a sucessão discipular de Caitanya Mahaprabhu. Coisas iguais às mesmas coisas são iguais umas às outras. Isto é uma verdade axiomática. (...)" (carta a Kirtanananda, 25/01/69)
Note: Se alguém está pregando e seguindo exatamente a mesma coisa, então ele é um discípulo fidedigno na sucessão discipular do Senhor Caitanya e Prabhupada, quer ele seja um discípulo direto ou não. Isto é afirmado de novo ainda com mais clareza abaixo:
"No que diz respeito à sucessão discipular vindo de Arjuna, sucessão discipular nem sempre significa que alguém tem que ser oficialmente iniciado. Sucessão discipular significa aceitar a conclusão discipular." (Dinesh, 31/10/69)
Note: Esta é a carta chave. Ela deve ser memorizada por qualquer um que deseje ser um discípulo de Sua Divina Graça A. C. Bhaktivedanta Swami Srila Prabhupada. Nossa única advertência a este respeito é que esta oportunidade liberal aplica-se somente se um verdadeiro discípulo está apropriadamente entendendo a mensagem e agindo de acordo com ela, livre de toda e qualquer segundas intenções. Esta não é uma tarefa fácil. Naturalmente tal pessoa deve ser bem versada nas escrituras para substanciar sua posição no parampara.
"No que diz respeito à associação com o Guru, eu estive com meu Guru Maharaja quatro ou cinco vezes, mas eu nunca senti separação. Eu nunca deixei sua associação, nem mesmo por um momento, pois eu estou seguindo suas instruções. Há alguns de meus irmãos espirituais aqui na Índia que tiveram associação constante com Guru Maharaja, mas que estão negligenciando suas ordens. Isso é como um percevejo sentado no colo do rei. Ele pode estar muito inflado por causa de sua posição, mas tudo o que ele faz é morder o rei. Associação pessoal não é tão importante quanto associação através do serviço." (carta a Satadhanya, 20/02/72)
Nota: Nós não podemos pensar em uma analogia mais apropriada que esta para descrever a posição dos atuais “gurus” da ISKCON. Eles frequentemente dizem que eles são os devotos mais avançados porque eles tiveram mais associação pessoal com Prabhupada. Porém, aqui nós podemos ver que tal consideração não é apenas sem sentido, mas frequentemente se torna uma desqualificação. Canakya Pandita adverte que não se deve viver muito perto de uma mulher, de um rei, do fogo ou do guru. Nem tampouco deve-se viver longe demais, pois então não haveria benefício. Ele recomenda que o ideal é o caminho do meio. Similarmente, a conexão com o sol radiante pode funcionar de diferentes formas devido às diferentes conexões. O sol pode dar-nos calor e saúde se ele brilha sobre nossas cabeças, mas ainda assim o mesmo sol pode causar bolhas nas solas dos pés enquanto caminhamos na praia. Associação com um sakty-avesa-avatara eternamente liberado é como o fio de uma lâmina; pode dar-nos a mais elevada bênção, mas se os secretários, servos pessoais e “grandes” devotos tornam-se muito familiares com o mestre espiritual, essa associação muito próxima os degrada.
"A menos que haja uma conexão com um mestre espiritual fidedigno vindo na linha de sucessão discipular, não há possibilidade de fazer progresso na vida espiritual. Assim, eu estabeleci centros da ISKCON para o propósito de pegar os pés de lótus de Krishna através da íntima conexão com o mestre espiritual. Estes são os meus centros autorizados para este propósito. Vocês dizem que o que quer que eu instrua, vocês executarão, então mais uma vez minha instrução é que vocês abandonem este esquema independente e juntem-se aos seus irmãos e irmãs espirituais em algum de nossos centros da ISKCON." (carta a amigos, 23/05/72)
Nota: Em muitas cartas, incluindo uma citada anteriormente, Prabhupada diz que podemos viver em qualquer lugar e apenas seguir os princípios. Nesta carta, contudo, parece que viver em um templo da ISKCON é absolutamente necessário. Será que isso é contraditório? Em um sentido, esta carta foi escrita em maio de 1972. Isso ainda era bastante cedo. Em anos posteriores, como a política aumentou e a pureza diminuiu, Prabhupada não enfatizou tanto a mudança para o templo. Em vez disso, ele enfatizou seguir as instruções onde quer que moremos. No Caitanya Caritamrta (Madhya, 19.157), Prabhupada diz: “Se alguém pensa que há muitos pseudo-devotos ou não devotos na Sociedade para a Consciência de Krishna, ele pode manter a companhia direta do Mestre Espiritual, e se houver qualquer dúvida, ele deve consultar o Mestre Espiritual." Ler os livros de Srila Prabhupada, ouvir as gravações de Srila Prabhupada, servir aos desejos de Srila Prabhupada, meditar na forma de Srila Prabhupada seguir as muitas instruções de Srila Prabhupada: tudo isto não é diferente da associação direta com Srila Prabhupada. Em muitos casos, Prabhupada de fato pedia que os devotos viessem morar com ele pessoalmente quando eles tinham dificuldade com os “líderes”. Esta instrução também significa tomar refúgio nos livros de Prabhupada independentemente, já que eles são não-diferentes. Nós nunca somos obrigados a entrar em um, assim chamado templo, no qual desvios sérios se incorporaram quer na filosofia, quer na administração. Nunca.
"Está tudo bem se não houve novos devotos iniciados no Japão. Não importa se eles são iniciados ou não. Se eles estão vindo em grande número, esse é o sucesso de nossa missão. Nós não estamos preocupados em fazer muitos novos membros iniciados, mas sim em que as pessoas entendam esta filosofia em círculos mais vastos. Os membros iniciados são para a administração de templos e trabalho de pregação, mas o nosso programa é convidar as pessoas para as nossas festas, deixar que eles ouçam nossa filosofia, dancem e cantem. Esse é o princípio básico de nossa filosofia no trabalho de pregação." (carta a Sudama, 11/04/71)
Nota: Esta carta é muito clara e difícil de ser mal interpretada. O importante é o entendimento da filosofia e sua prática. Todas essas pessoas que estão ouvindo a filosofia, dançando e cantando têm a oportunidade de voltar ao Supremo, não aqueles que receberam “iniciação” mas mudam as instruções. Em um artigo na revista De Volta ao Supremo, Prabhupada diz: “Iniciação é uma formalidade. Se você é sério, essa é a verdadeira iniciação. Se você entendeu esta filosofia e se você decidiu que você irá tomar a consciência de Krishna seriamente e pregar a filosofia a outros, essa é a sua iniciação. Meu toque é simplesmente uma formalidade. É a sua determinação. Isso é iniciação."
"O problema que seus seguidores querem aceitar você como guia em assuntos espirituais não é objetado se eles são sinceros. Se eles têm fé sincera em você, ela não deve ser perturbada, mas ao contrário, deve ser completamente utilizada. Meu principal propósito é propagar os ensinamentos do Senhor Caitanya ou a consciência de Krishna. Eu não estou interessado em recrutar alguns discípulos, mas para o trabalho de pregação nós queremos alguns assistentes, e se alguém voluntariamente oferece seu serviço, isso é bem-vindo. Assim, é melhor que você se torne meu discípulo regular e você pode ensinar seus seguidores nos mesmos princípios." (carta a Sai Siddha Svarupananda, 08/01/71)
Nota: Esta carta qualifica ainda mais a anterior. Não é iniciar as pessoas o que importa, mas sim fazer com que elas sigam as instruções, quer diretamente de Prabhupada, de seus livros, ou de um discípulo que está pregando exatamente a mesma coisa. Guru, sastra e sadhu. Aqui Prabhupada está recomendando que Siddha-svarupa torne-se um discípulo fixo. Enquanto ele pregar exatamente a mesma coisa, seus seguidores irão de volta ao Supremo se eles forem sinceros. Prabhupada não estava interessado em possuir muitos templos e controlar milhões de discípulos a fim de desfrutar boa comida e bom sono como muitos de seus irmãos espirituais estavam fazendo. Sua visão era muito ampla. Ele queria pregar ao mundo todo, com todos cantando Hare Krishna e vivendo como seres humanos. Como Rohini Kumar Swami explicou em um artigo (vide apêndice 8), Prabhupada foi um grande Acarya, como Ramanujacarya ou Madhvacarya. Ele apareceu para estabelecer os padrões devocionais para toda esta era de acordo com tempo e circunstância. Devotos puros do calibre de Srila Prabhupada são muito raros. Nós não podemos estimar a gravidade de ofender Prabhupada como a ISKCON está fazendo agora.
"O elo eterno entre o discípulo e o mestre espiritual começa desde o primeiro dia em que ele ouve. Assim como meu Mestre Espiritual. Em 1922 ele disse em nosso primeiro encontro: ‘Vocês são jovens educados, por que vocês não pregam este culto?’. Esse foi o começo, agora está se tornando fato. Portanto, a relação começou a partir daquele dia.
Se você pensa em mim e trabalha para mim, então eu estou no seu coração. Se você ama alguém, ele está no seu coração. Isso é comum, todos entendem. Se eu odeio alguém ou se eu amo alguém, ele também está no meu coração." (carta a Jadurani, 04/09/72)
Nota: O mestre espiritual aceita as reações pecaminosas do discípulo sincero. Se alguém não é sincero, então não é discípulo. Discípulo sincero quer dizer aquele que estrita e humildemente segue as instruções do mestre espiritual. Como Srila Prabhupada disse anteriormente: “Não é mera formalidade.” O mestre espiritual aceita o serviço sincero e humilde do discípulo. Por compaixão, ele absorve as reações pecaminosas do discípulo. Isto não é um truque barato ou algo que se possa comprar, mas algo natural quando o discípulo serve humildemente. Canakya Pandita diz: “O rei sofre pelos pecados do estado, o sacerdote sofre pelos pecados do rei, o marido sobre pelos pecados de sua esposa, e o guru sofre pelos pecados de seus estudantes.” Assim, se alguém humildemente serve as instruções de Prabhupada, sempre orando para que a misericórdia de Krishna descenda na forma de Seu representante fidedigno, então ele está criando uma situação na qual Krishna irá enviar um devoto puro para ajudar aquela alma sincera. É a intensa oração de um devoto aspirante que força Krishna a enviar um guru fidedigno. Nada mais. Esta é a fórmula.
Um neófito pode aceitar serviço e mau karma por um tempo. Seus limites são muito restritos. Se ele for além dos limites, ele irá cair. Ele simplesmente não tem a pureza para absorver ilimitadas reações pecaminosas. Quando seu “guru” se apaga, o discípulo está mais uma vez por si mesmo. Seu tempo e serviço foram desperdiçados e ele tem que começar de novo, e ainda pode estar confuso com muitas concepções errôneas e más experiências adquiridas durante seu enredamento em uma falsa relação mestre – discípulo. Se nós somos sinceros e necessitamos ajuda, nós devemos nos aproximar de um devoto puro que possa de fato ajudar-nos. Neste meio tempo nós devemos aceitar instrução de algum devoto sênior que esteja seguindo estritamente. Krishna irá enviar um mestre espiritual no momento certo. Leiam como Ele enviou Narada muni para Dhruva na floresta:
"Sim, eu quero que vocês me deem facilidades para escrever meus livros, mas eu posso participar de alguns encontros com pessoas importantes e elite. Você tem a visão correta da importância dos meus livros. Livros sempre irão permanecer. Essa era a visão de meu Guru Maharaja, e eu também a adotei. Por isso, eu comecei o meu movimento com os meus livros, e nós seremos capazes de manter tudo com a venda de livros. Os templos serão mantidos pela venda de livros, e se não houver mais templos, então os livros irão permanecer." (carta para Hamsaduta, 08/11/73)
Nota: Aqui também está claro que quer ou não a ISKCON permaneça como nós a conhecemos, ou se ela tornar-se não manifestada por algum tempo, isso não importa. Enquanto houver livros, as pessoas serão capazes de voltar ao Supremo por ler e segui-los. Porém isso não irá acontecer se os livros são mudados na forma de adições e edições desautorizadas. E, alarmantemente, este processo também já foi iniciado pelos presentes conspiradores.
Prabhupada recentemente disse: “Eu sei que aqueles que são sãos irão aceitar. Ninguém está distribuindo tal quantidade de livros religiosos. Por isso eu desafio todos estes tolos e patifes... Após oitenta anos de idade ninguém pode esperar viver muito. Minha vida está quase no fim, está no fim. Então vocês têm que continuar. E estes livros farão tudo... Simplesmente blefando com palavras estes falsos gurus e yogis não são nada. Porém quando as pessoas lerem os nossos livros, então elas terão uma boa opinião.” (Conversação em Mayapur, 18/02/76)
Nota: São os livros que irão salvar este movimento, não o blefe do GBC. O fato é que estes indivíduos ainda não apresentaram nenhuma base filosófica lógica e autorizada para se imporem como “gurus”. Assim, a carta acima ironicamente os inclui.
"No que diz respeito aos sannyasis, eles devem ser independentes. Por que eles deveriam aceitar ajuda de você? Eles são homens fortes, assim eles devem administrar com sua própria força. Esse é o teste de seu trabalho de pregação efetiva. " (carta a Rupanuga, 13/11/70)
Nota: Qual é o teste do trabalho de pregação? Estes “gurus” da ISKCON fizeram muito pouco por si mesmos. Eles simplesmente exploram o legado de Srila Prabhupada e desautorizadamente usurpam suas propriedades e templos. Eles tentaram, com sucesso misto, usurpar os devotos dele também. Eles não estabeleceram isso tudo por si mesmos. Eles têm alguma habilidade para imitar e posar. Eles deveriam ter ido por si mesmos, independentemente, e pregado. Eles podiam ter tentado estabelecer seus próprios centros com o poder de seu carisma. Se eles fossem atualmente puros, eles teriam atraído seguidores. Não é que todo mundo os coloca no trono e diz: “Vejam, este é um devoto puro. Vocês não percebem pela opulência dele? Ele deve ser puro, certo?”
Nós estávamos em Bombaim bem depois da “nomeação”, e pessoalmente notamos como Tamal não conseguia atrair os indianos para que o seguissem. Ainda assim, ele conseguiu gastar um monte do dinheiro de Prabhupada arrumando uma suíte de luxo para si mesmo no templo que Prabhupada havia estabelecido.
"Lamento informá-lo que a administração em Londres não está indo bem. Eu tenho recebido muitos relatórios desfavoráveis e o mais surpreendente deles é que a nossa pequena van que você havia comprado na minha presença foi levada pelo proprietário devido à falta de pagamento. Assim, nós perdemos todo o dinheiro que já havíamos pago." (carta a Mukunda, 17/03/71)
Nota: Este conceito tem relevância na catástrofe de hoje. Nós lamentamos muito ver que a administração não está indo bem. O relatório mais surpreendente é que quase todos os discípulos de Srila Prabhupada foram embora com desgosto. Os repugnantes administradores, o GBC, nomearam “gurus” mesmo após Prabhupada ter diretamente dito a eles para não fazerem isso (vejam a próxima carta). Então agora, nós praticamente perdemos todos os discípulos devido a este comportamento ofensivo.
"Eu não quero discutir sobre as atividades dos meus irmãos espirituais, mas é um fato que eles não tem vida para pregação. Todos estão satisfeitos com um lugar de residência em nome de um templo, eles ocupam os discípulos em arranjar comida por ‘meios transcendentais’, e comem e dormem. Eles não têm idéia ou cérebro para propagar o culto de Sri Caitanya Mahaprabhu. Meu Guru Maharaja costumava lamentar muitas vezes por isso, e ele pensava que se pelo menos uma pessoa entendesse o princípio da pregação, então sua missão teria sucesso. Nos últimos seus dias, meu Guru Maharaja estava muito desgostoso. Na verdade ele deixou este mundo mais cedo, caso contrário ele teria continuado a viver por mais alguns anos. Ainda assim, ele pediu a seus discípulos que formassem um corpo administrativo para pregar o culto de Caitanya Mahaprabhu. Ele nunca recomendou ninguém para ser acarya da Gaudiya Matha. Porém Sridhar Maharaja é o responsável por desobedecer esta ordem de Guru Maharaja, e ele e outros dois que já morreram, desnecessariamente pensaram que deveria haver um acarya. Se Guru Maharaja tivesse visto alguém que era qualificado para ser acarya naquela época, ele teria mencionado, pois na noite antes de sua partida ele havia falado sobre muitas coisas, mas não mencionou nada sobre um acarya. Sua idéia era que nenhum acarya deveria ser nomeado entre o corpo administrativo. Ele disse abertamente: ‘Formem um GBC e conduzam a missão.’ Assim, a idéia era que entre os membros do GBC, aquele que fosse um acarya bem sucedido e auto refulgente seria automaticamente selecionado. Então Sridhar Maharaja e seus dois associados desautorizadamente selecionaram um acarya, o que mais tarde provou ser um fracasso. O resultado é que agora cada um afirma ser um acarya, muito embora eles possam ser kanistha-adhikaris sem habilidade para pregar. Em alguns campos, o acarya está mudando três vezes por ano. Por isso nós não devemos cometer o mesmo erro em nosso campo na ISKCON. Na verdade, entre os meus irmão espirituais nenhum deles é qualificado para se tornar acarya. Assim, é melhor não se misturar com meus irmãos espirituais muito intimamente, pois em vez de inspirar os nossos estudantes e discípulos, eles podem muitas vezes polui-los. Eles já tentaram isto antes, especialmente Madhava Maharaja, Tirtha Maharaja e Bom Maharaja, mas uma forma ou de outra, eu salvei a situação. Esta é a minha instrução para todos vocês. Eles não podem nos ajudar no nosso movimento, mas eles são muito competentes para prejudicar o nosso progresso natural. Assim, nós devemos ter muito cuidado com eles." (carta a Rupanuga, 28/04/74)
Nota: A Gaudiya Matha se desviou ao centralizar toda a autoridade nos ombros do grande erudito chamado Vasudeva. Eles apontaram um acarya que mais tarde teve uma séria queda em Vrndavana. Eles ficaram completamente embaraçados e expostos. A ISKCON afirma não ter feito isso, porém na verdade, eles fizeram exatamente a mesma coisa, apenas de uma forma um pouco diferente. Eles selecionaram onze “acaryas” em vez de um e deram a cada um deles um território para dominar. Na verdade, o Vasudeva da Gaudiya Matha era muito mais avançado intelectualmente do que todos estes onze homens juntos. A ISKCON afirma que eles não cometeram o mesmo erro da Gaudiya Matha. Eles afirmam isto porque eles mantiveram tudo sob o controle do GBC. Essa é uma completa farsa. A única diferença entre a ISKCON e a Gaudiya Matha é que onze homens se desviaram em vez de apenas um. Eles dividiram o mundo todo em onze territórios e cada um deles exerce controle sobre suas zonas com rédeas curtas. O único momento no qual o GBC exercita sua “autoridade” sobre eles é quando um “guru” vai tão longe que seu comportamento não pode ser mais camuflado. Mesmo então o poder do GBC para removê-lo é limitado, como ficou claro pelo longo tempo que Hamsaduta permaneceu no seu trono após sua depravação ter sido exposta.
Hoje quase todos o “gurus” estão se desviando descaradamente, mas o GBC não faz nada. Assim não há diferença. Eles receberam a mesma corda que Vasudeva usou: foram rotulados como gurus pela mesma pessoa, Sridhar Maharaja, e eles se enforcaram na mesma árvore: a ambição pessoal. O GBC não tem controle algum sobre eles. Eles se reúnem uma vez por ano e batem boca por alguns dias, então voltam aos seus “terror-tórios” para mais um ano de exploração. Por exemplo, no outono de 1978, um rapaz levantou sua mão no meio da multidão e comentou a Bhagavan dasa: “Você fala muito bem, mas você não é tão humilde.” Ao ouvir isto, Bhagavan deu um sinal a dois de seus homens. Eles tiraram o rapaz da sala à força, e ao levá-lo para fora o espancaram sem piedade. Este não foi um incidente isolado. Há muitos. No capítulo dez é narrado o inacreditável incidente da ordem de Kirtanananda para que espancassem Jadurani. A zona de Tamal também é notória por espancamentos.
A ISKCON não deveria ter sido vítima da mesma abominação. Nós somos tecnologicamente bastante avançados e temos os meios para rapidamente comunicar as palavras de Prabhupada, tais como a da carta acima, por todo o mundo. Se todos os discípulos soubessem apenas desta única carta, toda a conspiração poderia ter sido facilmente evitada. Assim, uma vez que todos os ensinamentos são classificados e arquivados em um computador, podemos saber tudo instantaneamente quando quer que seja necessário. A Gaudiya Matha não teve nenhuma destas facilidades.
Esta é a carta chave. Ela expõe uma conspiração similar àquela que hoje nos atemoriza. Isso tem acontecido por anos, mas quem dá tanta atenção ao problema? Aqueles que tentaram, como Giriraja Swami, Kailasa Chandra, Yasodanandana Swami, Jadurani, etc. geralmente são tratados com apatia ou coisa pior. Esta simples carta seria suficiente para acionar qualquer discípulo sincero contra a conspiração da “nomeação” na ISKCON.
Assim, todos os vaishnavas são autoridades para pregar a consciência de Krishna, porém há níveis de autoridades. No todo, se a intenção dele é me suprimir e esta é a razão pela qual ele veio aqui, então como podemos recebê-lo? Ele já havia dado uma má impressão a um professor. Ele pode ser tratado como hóspede. Se ele vier ao nosso centro, dê-lhe prasada e honre-o como um vaishnava mais velho, mas ele não pode falar ou dar palestra. Se ele quiser dar palestra, você pode dizer a ele que já há outra pessoa escalada para falar. Isso é tudo.” (Carta a Satsvarupa, 04/06/75)
Nota: Esta carta diz respeito a Bon Maharaja. Primeiro ele parecia cooperar com Srila Prabhupada. Por exemplo, ele magnanimamente ofereceu facilidades em Vrindavan para qualquer discípulo ocidental que Srila Prabhupada quisesse enviar à Índia para treinamento. Porém, mais tarde ele voltou-se contra Srila Prabhupada. Então, Prabhupada lidou com ele muito rigorosamente. Bon Maharaja envenenou a mente de um discípulo de Prabhupada e quase envenenou Acyutananda Swami. Ele tentou fazer com que os discípulos de Srila Prabhupada na Índia tivessem um ponto de vista relativo sobre Srila Prabhupada. Os sannyasis líderes da Gaudiya Math geralmente tinham esse tipo de ponto de vista sobre Srila Prabhupada. Porém, Bon Maharaja cometeu uma ofensa ao tentar injetar isso na mente dos discípulos de Prabhupada. Ele foi um tanto bem-sucedido nisso.
Srila Prabhupada teve que minimizar a influência de Bon Maharaja porque ele havia provado ser invejoso. Ele havia utilizado algumas técnicas que parecem violar a etiqueta vaishnava de alguma forma. Essa técnicas estão sendo imitadas pelos “gurus” da ISKCON hoje. Eles proclamam ter grandes resultados e qualquer um a parte de sua conspiração é declarado como um falso discípulo porque ele não tem grandes resultados. Na verdade, essa é uma apresentação muita ilógica da parte deles pela simples razão de que eles não têm nenhuma das qualidades divinas de Prabhupada, mas estão apenas vivendo às custas do legado de Srila Prabhupada. Os “gurus” da ISKCON gostam de imitar este humor para por de lado seus irmãos espirituais, mas eles não têm direito algum de fazer isso.
Conclusão: Esta idéia de acaryas nomeados por algum ‘vidente’ não é nada nova. No Caitanya-caritamrta nós temos o exemplo do ramo de Advaita Acarya na árvore de Caitanya. Ele se dividiu em dois: um ramo se desviando, outro não. Então há o caso da Gaudiya Math. Assim como Prabhupada deu instruções para como reconhecer Karmis, Mayavadis, Sahajiyas, hippies, políticos, demônios, etc., ele também deu muitas instruções para reconhecer acaryas nomeados por algum ‘vidente’. Às vezes pode ser um pouco difícil reconhecer, mas no caso dos autonomeados acaryas da ISKCON, é algo descaradamente óbvio. Suas ofensas têm contaminado a atmosfera do planeta inteiro. No Caitanya-caritamrta nós encontramos: “Quando quer que um devoto avançado seja insultado, pelo erro de uma pessoa, toda uma cidade ou local é aflitivo.” Nesta história, porque Ramachandra Khan ofendeu o Senhor Nityananda, não apenas foi Ramachandra Khan perseguido pelos muçulmanos, mas toda a cidade teve que sofrer o mesmo destino. Da mesma forma, pode parecer que há alguma atividade de pregação acontecendo na ISKCON no presente, mas elas estão sendo arruinadas pela presença de guru-aparadha. Não apenas os devotos dentro da ISKCON estão sofrendo, mas mesmo os devotos que abandonaram a ISKCON estão sofrendo, pois eles estão tolerando esta terrível ofensa. Tal tolerância permite que ela continue. Até que este veneno seja removido, todos os devotos, não importa a distância que eles tentem correr e se esconder, serão afetados. Prabhupada é Jagat-Guru, o mestre spiritual do planeta todo, e como tal não há lugar onde os devotos possam ir pregar sem serem afetados pela guru-aparadha. Este livro pode parecer um pouco drástico, mas o desvio é muito mais drástico.
Balavanta dasa adhikari, o líder do GBC este ano, ao confrontar um devoto aflito pela política na ISKCON, revelou o conceito subliminar no qual está a fundação da traição toda. Ele disse: “Este movimento funciona de modo maquiavélico. Tamal Krishna o introduziu, e Srila Prabhupada o aprovou.” O mestre espiritual fidedigno, Srila Prabhupada, não poderia jamais ter ordenado ou aprovado que este movimento funcionasse de modo maquiavélico. Seus principais secretários queriam projetar isso, e ele lhes deu corda para que se enforcassem. Neste caso, no arranjo perfeito para enganar esses discípulos enganadores que queriam enganá-lo, nós encontramos a verdade sobre o mestre espiritual.
1 Notem que o autor escreveu isto em 1985, treze anos antes de Harikesa oficialmente “ficar louco” e ir embora.

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Prabhupada Letters :: 1969.
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Cartas de Prabhupada :: 1969.

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