GURUS BARATOS, DISCÍPULOS BARATOS A VERDADE SOBRE O MESTRE ESPIRITUAL
GURUS
BARATOS, DISCÍPULOS
BARATOS
A
VERDADE SOBRE O MESTRE ESPIRITUAL
"A
primeira coisa que eu advirto, Acyutananda: Não tente dar iniciação.
Você não está em uma posição apropriada para iniciar ninguém
agora.(...) Não seja iludido por tal maya. Eu estou treinando todos
vocês para se tornarem futuros mestres espirituais, mas não se
apressem. (...) Não se atraiam imediatamente por tais discípulos
baratos. É preciso elevar-se gradualmente através do serviço.
(...) Estes serviços são muito importantes. Não se atraia por
discípulos baratos. Prossiga firmemente para prestar serviço em
primeiro lugar. Se você imediatamente se tornar guru, então o
serviço irá parar, e como há muitos gurus baratos e discípulos
baratos sem nenhum conhecimento substancial e inventando novas
sampradayas, o serviço para, e com isso para todo o progresso
espiritual. Você já havia mencionado uma de tais sampradayas não
fidedignas, a Jaya Sri Sampradaya. Assim, deixem-me saber
imediatamente o que vocês estão fazendo com respeito às três
importantes atividades que eu confiei a vocês." (carta a
Acyutananda e Jaya Govinda, 21/08/68)
Nota:
Claro, os “gurus” da ISKCON dizem: "Nós não estávamos com
pressa; nós esperamos seis meses após a partida de Prabhupada para
oficialmente declarar a nós mesmos como mestres espirituais a serem
adorados." Levam muitos anos para obter-se uma licença para
extrair um dente ou praticar medicina, mas para ganhar um trono na
ISKCON leva muito menos que isso. Talvez se pudesse fazer propaganda
disso. Iria atrair um grande número de seguidores, o que é a
evidência de um movimento fidedigno, certo?
"Quanto
a sua próxima pergunta: ‘Somente uns poucos devotos puros podem
dar liberação aos outros?', quem quer que seja, se for um devoto
puro, pode liberar os demais, pode tornar-se um mestre espiritual.
Porém a menos que alguém esteja nessa plataforma, não deveria
tentar. Senão ambos vão pro inferno, como cego guiando cego."
(carta a Tusta Krishna, 14/12/72)
Nota:
Os devotos puros de Krishna não são baratos como os da ISKCON hoje.
Mesmo o status do devoto madhyama é difícil de alcançar. A
plataforma mais elevada de um devoto puro geralmente leva uma vida
toda de trabalho duro, sincero, humilde e sério, e apenas um entre
milhares alcança (BG, 7.3). Prabhupada foi um devoto puro desde seu
nascimento, mas ele estabeleceu o exemplo para nós ao esperar onze
anos para receber iniciação formal. Por que toda esta impaciência
hoje? Iniciação é um assunto sério, e não algo que se faz
caprichosamente. Nenhuma pessoa sã precipita-se em um compromisso
destes. Cante, estude e sirva a Prabhupada através de seus livros
com algum devoto competente e humilde. Então você está salvo.
Krishna pessoalmente irá enviar um devoto puro quando aquele que
busca está pronto. Obter um mestre espiritual fidedigno não é um
processo de buscar do lado de fora. É um processo interno de
purificação das próprias motivações. O único esforço
necessário é tentar tornar-se sincero.
Em
um sentido mais amplo, muito pouco mudou desde que Prabhupada
abandonou o planeta. Muito antes ele já havia colocado o destino de
seu movimento nas mãos de seus livros. Mais e mais ele viu que os
seus líderes não os estavam seguindo ou mesmo lendo. O GBC estava
fora do controle: "O quê eu posso fazer?" Alguns deles mal
podiam esperar para dividir o bolo e começar a serem adorados.
"Sim,
eu estou feliz que o seu centro está indo tão bem e todos os
devotos estão agora apreciando a presença de seu Mestre Espiritual
ao seguir Suas instruções, embora Ele não esteja fisicamente
presente; este é o espírito correto."
(carta
a Karandhara, 13/09/70)
Nota:
Aderência às instruções do guru é a medida mais importante da
legitimidade dos devotos.
"No
que diz respeito à ação de Bon Maharaja, nós iremos discutir o
assunto quando nos encontrarmos. Para o presente momento, você deve
saber que este cavalheiro é muito ambicioso materialmente. Ele quer
utilizar a consciência de Krishna para o seu nome e fama materiais.
Às vezes ele ofendia muito nosso Guru Maharaja, e aconteceu que no
último estágio, Guru Maharaja praticamente o rejeitou. E o
resultado nós vemos: em vez de se tornar um pregador da consciência
de Krishna, este cavalheiro artificialmente tornou-se o diretor de um
instituto mundano. Tornar-se uma pessoa muito importante de acordo
com a estimativa material não é sucesso na consciência de Krishna.
(...) No todo, saiba que ele não é uma pessoa liberada, e portanto
ele não pode iniciar ninguém na consciência de Krishna. Para isto
é preciso bênçãos espirituais especiais das autoridades
superiores.
As
afirmações de Thakura Bhaktivinode são tão boas quanto as
escrituras, pois ele é uma pessoa liberada. Geralmente o mestre
espiritual vem de um grupo de tais associados eternos do Senhor; mas
qualquer um que segue os princípios de tais pessoas eternamente
liberadas é tão bom quanto aqueles nesse grupo. (...) Uma pessoa
que é um acarya liberado e guru não pode cometer erro algum, porém
há pessoas que são menos qualificadas ou não liberadas, mas que
ainda assim podem agir como guru e acarya ao seguir estritamente a
sucessão discipular." (carta a Janardana, 26/04/68)
Nota:
Esta é uma das principais bases na qual os “gurus” da ISKCON
afirmam serem acaryas. É um fato inegável que se alguém está
estritamente seguindo seu guru, então ele mesmo pode agir
como guru. Porém,
aqui Prabhupada usa as palavras
“como guru”.
Está claramente implicado que na ausência de um acarya liberado, um
devoto na plataforma neófita, e que por definição está seguindo
estritamente os princípios do acarya eternamente liberado, pode
“agir
como”
via do parampara. Ele pode ser considerado um devoto puro, mas não
um devoto puro liberado. Ele está no mesmo nível mencionado acima.
Ao “agir
como”
guru, ele não está além do risco de queda, e assim, ele deve ser
cuidadoso para seguir estritamente as instruções dos verdadeiros
devotos puros e não tentar imitá-los. Ele não deve inventar nada.
Ele deve viver muito humildemente e não permitir uma adoração
pomposa de si mesmo, pois isso se reserva àqueles que de fato estão
completamente em contato com o Supremo. Seus seguidores devem
claramente entender que tal devoto “agindo
como”
guru não é um devoto completamente puro, e que eles somente podem
avançar até certo ponto sob tal limitada orientação. No Néctar
da Devoção, capítulo seis, Prabhupada recomenda que se alguém é
sério, ele não deve aceitar iniciação de alguém exceto um devoto
puro na plataforma mais elevada. E consolidando esta instrução, ele
recomenda que a menos que alguém seja um devoto na plataforma mais
elevada, ele deve permanecer simples e humilde e pregar para amigos e
parentes em casa (Caitanya Caritamrta, Madhya, 7.130). Assim, sob a
luz destas instruções um devoto sincero “agindo como” guru é
de fato um siksa-guru e deve ser respeitado como tal. Não um
diksa-guru. O propósito deste livro é fazer claro que os “gurus
nomeados” da ISKCON, que estão sendo adorados como se eles fossem
uttama-adhikaris, não estão estritamente seguindo as instruções
de Prabhupada e assim eles não são qualificados para “agir como”
acarya, siksa-guru ou qualquer destas coisas. Eles constantemente
cometem sérios erros e ofensas porque eles não são liberados nem
humildes.
Apenas
alguém que está praticando muito estritamente pode ser considerado
tão bom quanto os devotos eternamente liberados. Porém, se ele para
de seguir estritamente os princípios básicos de austeridade e
humildade, então ele cai imediatamente. Então, seu serviço é em
vão. Isto é bom senso e pode ser ilustrado com o seguinte exemplo.
Se alguém frequenta a faculdade de direito, entende-se que ele será
um advogado no devido tempo. Garotas tendem a perambular pelo campus
das faculdades de direito para atrair tal potencialmente rico esposo.
Ele ainda não é rico, mas elas sabem que será uma questão de
tempo até que ele se torne rico. No sentido absoluto, se alguém
está seguindo estritamente o caminho, ele já é rico. É apenas uma
pequena questão de tempo que separa, e tempo é relativo. Porém, se
nesse meio tempo garotas o distraírem através de seus atrativos
femininos, e se consequentemente ele se absorver em tais prazeres e
por isso negligenciar seu estudos, então ele não se tornará um
advogado ou um homem rico. A garota tola que casar com ele será
pobre a vida toda.
Assim,
da mesma forma, se alguém encontra um devoto que é muito sério
sobre a consciência de Krishna, então tal pessoa pode presumir que
esse devoto se tornará um devoto na plataforma mais elevada no
devido tempo. Desta maneira ele pode ser considerado “tão bom
quanto o grupo de devotos eternamente liberados”. Vocês devem
oferecer-lhe reverências e aceitar orientação dele. Porém, porque
ele não é completamente liberado, ele não pode ser adorado
pomposamente, senão se deixará levar por isso. Ele deve ser muito
humilde para que ele possa avançar mais. Srila Prabhupada disse:
"Não devemos imitar o comportamento de um devoto avançado ou
maha-bhagavata sem sermos auto realizados, pois por tal imitação
nós eventualmente nos degradaremos." (Néctar da Devoção, 6)
Em outras palavras, se alguém imita a posição de uma alma
completamente liberada aceitando o serviço e adoração que se
reserva a um uttama-adhikari, ele se desvia. Alguém desviado tem sua
queda garantida. Alguns destes “gurus” da ISKCON pode haver
seguido estritamente em um certo ponto; alguns nunca seguiram
estritamente. Alguns podem ter alguma humildade; alguns nunca tiveram
humildade alguma. Porém agora todos eles mudaram suas faces e estão
indo direto para o desfiladeiro. Alguns ficaram completamente loucos,
como o recente escândalo de Harikesa revela.1
Assim,
para o devoto aspirante, é melhor continuar a estudar e seguir as
instruções de Prabhupada sinceramente. Não há pressa. Esta pressa
foi criada pelo GBC. Em parte alguma na literatura védica existe a
pregação de tal conceito. Guru, sastra e sadhu é a fórmula. Guru
é apenas um dos três. Nós temos Guru: Srila Prabhupada. Nós temos
sastra: os livros de Prabhupada. Nós temos sadhu: os devotos
humildes e sinceros. “Krishna está preparado para conceder Sua
misericórdia a todas as entidades vivas, e assim que uma entidade
viva deseja a misericórdia do Senhor, o Senhor imediatamente dá a
ela a oportunidade de encontrar um Mestre Espiritual fidedigno."
(Caitanya Caritamrta, Madhya, 19.151). Esta é a essência desta
importante carta. Se alguém discorda, então que eles apresentem sua
posição. Nós iremos debater.
"Para
responder ao seu último ponto, alguém que ensina pode ser tratado
como Mestre Espiritual. Não é que depois de sermos iniciados nós
nos tornamos perfeitos. É preciso ensino. Então se nós recebemos
instruções deles, todos os irmãos espirituais sênior podem ser
tratados como guru, sem problema. Na verdade você tem apenas um
Mestre Espiritual que inicia você, assim como você tem apenas um
pai. Porém cada vaishnava
deve ser tratado como ‘prabhu’, mestre, superior a mim, e neste
sentido, se eu aprendo dele, ele pode ser considerado como guru. Não
é que eu desobedeço meu verdadeiro Mestre Espiritual e chamo alguém
mais de Mestre Espiritual. Isso é errado. O fato é apenas que eu
chamo de Mestre Espiritual alguém que está me ensinando puramente o
que meu Mestre Espiritual iniciador ensinou. Você entende o sentido"
(carta a Sri Galim, 20/11/71)
Nota:
Aqui Prabhupada está mais uma vez fazendo uma clara distinção
entre o “verdadeiro Mestre Espiritual” e alguém que “pode ser
considerado como guru”. Há apenas um guru: o uttama-adhikari. Esse
ainda é Srila Prabhupada. Qualquer outro, nomeado ou não, se ele
está seguindo estritamente a Srila Prabhupada, ele pode ser
“considerado guru”, mas não ser adorado como se ele fosse um
uttama-adhikari, a menos que ele tenha sido abençoado dessa forma.
Nós especificamente escutamos de Sriman Rohini Kumara Swami que
Srila Prabhupada informou o seu movimento que não haveria mais
uttama-adhikaris imediatamente após seu desaparecimento (Conversação
em Nova Iorque, 1968). Da experiência prática, nós todos temos
boas razões para acreditar que isso continua assim.
"Eu
entendo que um devoto está se ocupando como servo pessoal de
Taittireya. Nenhum devoto pode ser engajado como servo pessoal desta
maneira. Caso contrário todos farão o mesmo. (...)
Eu
ouvi de Madhavananda que outros devotos estão adorando você. Claro,
é apropriado oferecer reverências a um vaishnava, mas não na
presença do mestre espiritual. Esse estágio chegará, mas agora
espere. Senão isso irá criar facções." (carta a Hamsaduta,
01/10/74)
Nota:
Prabhupada não está dizendo aqui que após sua partida qualquer um
deve ser adorado, não importa quão canalha seja. Ele está
indicando que seus discípulos irão sem dúvida começar seus
próprios templos, etc. Esta não era apenas a expectativa de
Prabhupada, mas a sua ordem. Os filhos naturalmente se tornam pais.
Inevitavelmente alguns devotos não seguirão tão estritamente e
formarão facções. Outros representam Srila Prabhupada mais
puramente. O trabalho do GBC não é controlar os diferentes projetos
de pregação dos discípulos, mas sim assegurar que aqueles que não
representam Prabhupada puramente não sejam chamados ISKCON. Porém,
antes do GBC poder fazer seu trabalho, eles mesmos devem saber o que
significa representar Prabhupada. “Gurus” que bebem sêmen não
podem representar Srila Prabhupada, e se alguém disser que eles
representam...
"Eu
estou anexando aqui uma carta de Krishna devi a qual fala por si
mesma. Por favor, responda a ela que ela não pode ficar encarregada
de um de nossos centros porque ela violou o regulamento de nossa
Sociedade. Apesar de ter seu marido legalmente, ela se envolveu em
sexo ilícito, assim isso é uma violação deliberada de nossas
regras e regulamentos. No que diz respeito às suas atividades
conscientes de Krishna, ela pode executá-las muito bem onde mora, e
eu dou-lhe todas as bênçãos, pois a porta da consciência de
Krishna está aberta para todos, mas quando alguém está encarregado
de um centro, ele tem que estar completamente acima de qualquer
suspeita. " (carta a Brahmananda, 12/03/68)
Nota:
Nesta carta esta claro que nenhum dos atuais “gurus” são
qualificados para ser presidente de um templo, o que dizer de GBC ou
“guru”, pois eles não estão de alguma maneira acima de
suspeita. Seu mal comportamento tem sido descarado, e por causa disso
a suspeita é intratável.
"Em
sua carta você deixou claro que você está tendo dificuldades com o
desejo sexual e pediu que eu o instruísse como lidar com este
problema do corpo material.
Primeiro
de tudo, eu acho que você deve saber que tais problemas não são
mais do que naturais, pois neste corpo a alma condicionada está
muito sujeita a falhar. Porém nós também devemos lembrar que tal
falha não nos desencorajará de executar a missão mais importante
de nossa vida, nos tornarmos completamente conscientes de Krishna.
Assim, qualquer que tenha sido a queda, você deve sentir-se
arrependido, mas esta não é uma desqualificação permanente.
Contudo, você deve tentar controlar-se para evitar tais coisas
artificiais e refugiar-se completamente aos pés de lótus de
Krishna. (...)" (carta a Upendra, 09/12/68)
Nota:
Muitos dos “gurus” de hoje usam concessões como esta para
justificar seu comportamento pervertido. Eles dizem que muito embora
eles tenham cometido as ações mais abomináveis, eles são santos
porque estão corretamente situados. Se eles fossem humildes e não
posassem como uttama-adhikaris, isso podia ser verdade. Porém um
guru não pode usar tais versos como desculpa. Um guru deve ser
exemplar. O que eles de fato estão fazendo é chamado cometer
ofensas baseados na força do cantar do Santo Nome. Em muitos lugares
Prabhupada refere-se às fraquezas e pequenas quedas como “o chute
de uma criança no ventre”. Ele nunca de fato condenou tais
crianças sujeitas a falhar, porém ele nunca disse que crianças
presunçosas podiam posar como devotos puros, quer uttama ou
madhyama. (Vejam o apêndice 22, segunda parte, para uma análise
mais profunda desta síndrome.
"Simplesmente
porque não há estoque de livros nós podemos fazer qualquer coisa
caprichosamente??? Isso é lógica? O Gita não foi falado em
Vrindavana; foi falado no campo de batalha de Kuruksetra. Essa
carruagem puxada por quatro cavalos é a verdadeira pintura de
Kuruksetra. Não é que porque não há estoque nós podemos agir
caprichosamente como quisermos e perder a idéia. Isso é rasa
abhasa. Porque não tem pão você comeria pedra??? A pintura da
frente é muito importante, e você a mudou." (carta a Bhargava,
29/05/76)
Nota:
Esta analogia é muito apropriada ao “caso dos gurus” na ISKCON.
Assim eles agora pensam que simplesmente porque não há devotos
puros por perto eles podem fazer qualquer coisa caprichosamente.???
Isso é lógica? Devotos puros não são nomeados; eles são auto
manifestos. Porém, estas pessoas nomearam umas às outras. Devotos
puros são reconhecidos pela sua falta de desejos materiais; eles têm
todas as boas qualidades, e eles nunca se desviam da autoridade do
Guru, sastra e sadhu. Esta é a forma de reconhecer um devoto puro.
Não é que porque não há devotos com estas qualificações por
perto que nós podemos agir caprichosamente como quisermos e perder a
idéia do que é um guru. Isso poluirá tudo. Porque não tem pão
você comeria pedra??? Não há devotos puros, então todos estão
adorando qualquer Zé Mané que sente no trono. As qualificações
para ser um guru são a coisa mais importante, mas eles mudaram isso.
"Meu
conselho é sempre cantar 16 voltas no mínimo e seguir os quatro
princípios regulativos. Todos os meus discípulos concordam neste
ponto, caso contrário eles não são meus discípulos. Eles podem
morar em qualquer lugar, mas devem seguir os princípios. A discórdia
irá continuar neste mundo material. Assim, eles podem morar em um
lugar agradável, mas devem seguir estes cinco princípios. Meus
discípulos devem seguir este cinco princípios quer morem no paraíso
ou no inferno." (carta a Raja-Laksmi dasi, 17/02/76)
Nota:
Não é preciso dizer que se alguém que recebeu formalmente a
primeira iniciação não está seguindo estritamente, e portanto não
é um discípulo, então alguém que não recebeu iniciação formal,
mas está seguindo estritamente, é um discípulo. Você pode morar
em qualquer lugar, mas para ser discípulo de Prabhupada, aqui estão
as qualificações. Há verdadeiros discípulos de Prabhupada por
todo o mundo que talvez nunca tenham estado em um templo, mas que
obtiveram um livro e estão seguindo. Prabhupada diz aqui que mesmo
morando no inferno, se alguém seguir, ele é um discípulo. A
questão, se é preciso que o guru esteja fisicamente presente para
que alguém possa ir de volta ao Supremo, não é uma questão muito
crucial. O Guru é um. Isso significa que se alguém estritamente
segue as instruções de Prabhupada, então ele está automaticamente
ligado com Prabhupada e todo o sistema do parampara. Isso está claro
nas seguintes cartas.
"Você
perguntou: ‘Quão sério seria para mim perder a oportunidade de
ouro de tornar-me seu discípulo iniciado?’ Você deve saber que o
valor de aceitar um mestre espiritual fidedigno é maior do que nós
podemos calcular. Não é uma mera formalidade. Claro, todos são
encorajados a cantar Hare Krishna, mas até que eles abandonem as
atividades pecaminosas e se tornem determinados a servir a Krishna
haverá chance de que eles sejam vítimas de todos os tipos de
desejos materiais e terão que voltar na próxima vida, e não há
garantia de que eles nascerão na forma de vida que desejam.
Eu
sei que você tem visitado o nosso templo em Boston às vezes, e que
você deseja ser um devoto sincero de Krishna. Assim, vá em frente
com o cantar e orar a Krishna para que Ele lhe dê força para
avançar em Seu serviço. Todavia, é um fato que nós devemos no
tornar livres de todos os desejos materiais antes de ir de volta ao
Supremo, e isto só pode ser obtido ao seguir as instruções de um
mestre espiritual fidedigno." (carta a Ravendra Gupta, 12/02/74)
"É
um princípio básico que se deve aceitar um mestre espiritual
fidedigno a fim de atingir a perfeição mais elevada da vida, amor
por Deus. Eu agradeço muito a todos vocês por aceitar-me como seu
mestre espiritual, e eu prometo que eu os levarei de volta ao lar, de
volta ao Supremo. Eu peço que vocês todos prometam cantar pelo
menos 16 voltas. Sigam os princípios regulativos, leiam os nossos
livros e tentem pregar este movimento para a consciência de Krishna
pelo mundo todo. No que diz respeito às minhas qualificações, eu
simplesmente estou tentando seguir a ordem de meu Guru Maharaja."
(carta a Nityananda, 21/11/71)
Nota:
Nas três cartas acima as verdadeiras qualificações para ser um
discípulo são especificadas. Prabhupada nunca enfatizou em nenhum
lugar, nenhuma carta, livro ou palestra a necessidade absoluta de
diksa física. Ele enfatizou as instruções. Caso contrário, por
que ele estaria tão preocupado em escrever seus livros? Ele sabia
que seus discípulos ainda não eram qualificados para se tornarem
gurus. O fato é que Prabhupada ainda está tanto conosco como sempre
esteve. Na verdade, ainda mais. Antes de Prabhupada abandonar o
planeta, os devotos estavam sob a ilusão de que ele estava presente
enquanto estava vivo. Como os devotos são capazes de entender
Prabhupada como Prabhupada queria ser entendido? Em suas instruções.
Ele de fato está em seus livros. Qualquer um que aceite os livros de
todo o coração é um discípulo de Prabhupada, quer ele tenha visto
Prabhupada ou não. Se alguém pergunta a essa pessoa: “Quem é o
seu guru?”, ela irá com toda honestidade dizer: “Meu Guru é Sua
Divina Graça A. C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada, pois eu aceitei
suas instruções como minha vida e alma.” Este ponto está claro
nas próximas cartas.
Se
tal devoto encontra um discípulo mais avançado de Srila Prabhupada
e desenvolve completa confiança que aquele devoto mais elevado de
fato representa Srila Prabhupada, ele pode aproximar-se mais de Srila
Prabhupada através das instruções subjetivas de tal siksa-guru na
linha de Srila Prabhupada.
"Com
respeito à sua questão sobre a sucessão discipular vindo de
Arjuna, é assim como eu tenho muitos discípulos, no futuro estes
muitos discípulos terão muitos ramos de sucessão discipular.
Assim, em uma linha de discípulos talvez não vejamos outro nome
vindo de uma linha diferente, porém isso não significa que esse
nome que não aparece não está na sucessão discipular. (...) Outro
ponto é que a sucessão discipular não significa que alguém tem
que ser diretamente discípulo de um pessoa em particular. As
conclusões que eu tentei explicar no nosso Bhagavad-gita são as
mesmas conclusões de Arjuna. Arjuna aceitou Krishna como a Suprema
Personalidade de Deus, e nós também aceitamos a mesma verdade sob a
sucessão discipular de Caitanya Mahaprabhu. Coisas iguais às mesmas
coisas são iguais umas às outras. Isto é uma verdade axiomática.
(...)" (carta a Kirtanananda, 25/01/69)
Note:
Se alguém está pregando e seguindo exatamente a mesma coisa, então
ele é um discípulo fidedigno na sucessão discipular do Senhor
Caitanya e Prabhupada, quer ele seja um discípulo direto ou não.
Isto é afirmado de novo ainda com mais clareza abaixo:
"No
que diz respeito à sucessão discipular vindo de Arjuna, sucessão
discipular nem sempre significa que alguém tem que ser oficialmente
iniciado. Sucessão discipular significa aceitar a conclusão
discipular." (Dinesh, 31/10/69)
Note:
Esta é a carta chave. Ela deve ser memorizada por qualquer um que
deseje ser um discípulo de Sua Divina Graça A. C. Bhaktivedanta
Swami Srila Prabhupada. Nossa única advertência a este respeito é
que esta oportunidade liberal aplica-se somente se um verdadeiro
discípulo está apropriadamente entendendo a mensagem e agindo de
acordo com ela, livre de toda e qualquer segundas intenções. Esta
não é uma tarefa fácil. Naturalmente tal pessoa deve ser bem
versada nas escrituras para substanciar sua posição no parampara.
"No
que diz respeito à associação com o Guru, eu estive com meu Guru
Maharaja quatro ou cinco vezes, mas eu nunca senti separação. Eu
nunca deixei sua associação, nem mesmo por um momento, pois eu
estou seguindo suas instruções. Há alguns de meus irmãos
espirituais aqui na Índia que tiveram associação constante com
Guru Maharaja, mas que estão negligenciando suas ordens. Isso é
como um percevejo sentado no colo do rei. Ele pode estar muito
inflado por causa de sua posição, mas tudo o que ele faz é morder
o rei. Associação pessoal não é tão importante quanto associação
através do serviço." (carta a Satadhanya, 20/02/72)
Nota:
Nós não podemos pensar em uma analogia mais apropriada que esta
para descrever a posição dos atuais “gurus” da ISKCON. Eles
frequentemente dizem que eles são os devotos mais avançados porque
eles tiveram mais associação pessoal com Prabhupada. Porém, aqui
nós podemos ver que tal consideração não é apenas sem sentido,
mas frequentemente se torna uma desqualificação. Canakya Pandita
adverte que não se deve viver muito perto de uma mulher, de um rei,
do fogo ou do guru. Nem tampouco deve-se viver longe demais, pois
então não haveria benefício. Ele recomenda que o ideal é o
caminho do meio. Similarmente, a conexão com o sol radiante pode
funcionar de diferentes formas devido às diferentes conexões. O sol
pode dar-nos calor e saúde se ele brilha sobre nossas cabeças, mas
ainda assim o mesmo sol pode causar bolhas nas solas dos pés
enquanto caminhamos na praia. Associação com um sakty-avesa-avatara
eternamente liberado é como o fio de uma lâmina; pode dar-nos a
mais elevada bênção, mas se os secretários, servos pessoais e
“grandes” devotos tornam-se muito familiares com o mestre
espiritual, essa associação muito próxima os degrada.
"A
menos que haja uma conexão com um mestre espiritual fidedigno vindo
na linha de sucessão discipular, não há possibilidade de fazer
progresso na vida espiritual. Assim, eu estabeleci centros da ISKCON
para o propósito de pegar os pés de lótus de Krishna através da
íntima conexão com o mestre espiritual. Estes são os meus centros
autorizados para este propósito. Vocês dizem que o que quer que eu
instrua, vocês executarão, então mais uma vez minha instrução é
que vocês abandonem este esquema independente e juntem-se aos seus
irmãos e irmãs espirituais em algum de nossos centros da ISKCON."
(carta a amigos, 23/05/72)
Nota:
Em muitas cartas, incluindo uma citada anteriormente, Prabhupada diz
que podemos viver em qualquer lugar e apenas seguir os princípios.
Nesta carta, contudo, parece que viver em um templo da ISKCON é
absolutamente necessário. Será que isso é contraditório? Em um
sentido, esta carta foi escrita em maio de 1972. Isso ainda era
bastante cedo. Em anos posteriores, como a política aumentou e a
pureza diminuiu, Prabhupada não enfatizou tanto a mudança para o
templo. Em vez disso, ele enfatizou seguir as instruções onde quer
que moremos. No Caitanya Caritamrta (Madhya, 19.157), Prabhupada diz:
“Se alguém pensa que há muitos pseudo-devotos ou não devotos na
Sociedade para a Consciência de Krishna, ele pode manter a companhia
direta do Mestre Espiritual, e se houver qualquer dúvida, ele deve
consultar o Mestre Espiritual." Ler os livros de Srila
Prabhupada, ouvir as gravações de Srila Prabhupada, servir aos
desejos de Srila Prabhupada, meditar na forma de Srila Prabhupada
seguir as muitas instruções de Srila Prabhupada: tudo isto não é
diferente da associação direta com Srila Prabhupada. Em muitos
casos, Prabhupada de fato pedia que os devotos viessem morar com ele
pessoalmente quando eles tinham dificuldade com os “líderes”.
Esta instrução também significa tomar refúgio nos livros de
Prabhupada independentemente, já que eles são não-diferentes. Nós
nunca somos obrigados a entrar em um, assim chamado templo, no qual
desvios sérios se incorporaram quer na filosofia, quer na
administração. Nunca.
"Está
tudo bem se não houve novos devotos iniciados no Japão. Não
importa se eles são iniciados ou não. Se eles estão vindo em
grande número, esse é o sucesso de nossa missão. Nós não estamos
preocupados em fazer muitos novos membros iniciados, mas sim em que
as pessoas entendam esta filosofia em círculos mais vastos. Os
membros iniciados são para a administração de templos e trabalho
de pregação, mas o nosso programa é convidar as pessoas para as
nossas festas, deixar que eles ouçam nossa filosofia, dancem e
cantem. Esse é o princípio básico de nossa filosofia no trabalho
de pregação." (carta a Sudama, 11/04/71)
Nota:
Esta carta é muito clara e difícil de ser mal interpretada. O
importante é o entendimento da filosofia e sua prática. Todas essas
pessoas que estão ouvindo a filosofia, dançando e cantando têm a
oportunidade de voltar ao Supremo, não aqueles que receberam
“iniciação”
mas mudam as instruções. Em um artigo na revista De Volta ao
Supremo, Prabhupada diz: “Iniciação
é uma formalidade. Se você é sério, essa é a verdadeira
iniciação. Se você entendeu esta filosofia e se você decidiu que
você irá tomar a consciência de Krishna seriamente e pregar a
filosofia a outros, essa é a sua iniciação. Meu toque é
simplesmente uma formalidade. É a sua determinação. Isso é
iniciação."
"O
problema que seus seguidores querem aceitar você como guia em
assuntos espirituais não é objetado se eles são sinceros. Se eles
têm fé sincera em você, ela não deve ser perturbada, mas ao
contrário, deve ser completamente utilizada. Meu principal propósito
é propagar os ensinamentos do Senhor Caitanya ou a consciência de
Krishna. Eu não estou interessado em recrutar alguns discípulos,
mas para o trabalho de pregação nós queremos alguns assistentes, e
se alguém voluntariamente oferece seu serviço, isso é bem-vindo.
Assim, é melhor que você se torne meu discípulo regular e você
pode ensinar seus seguidores nos mesmos princípios." (carta a
Sai Siddha
Svarupananda,
08/01/71)
Nota:
Esta carta qualifica ainda mais a anterior. Não é iniciar as
pessoas o que importa, mas sim fazer com que elas sigam as
instruções, quer diretamente de Prabhupada, de seus livros, ou de
um discípulo que está pregando exatamente a mesma coisa. Guru,
sastra e sadhu. Aqui Prabhupada está recomendando que Siddha-svarupa
torne-se um discípulo fixo. Enquanto ele pregar exatamente a mesma
coisa, seus seguidores irão de volta ao Supremo se eles forem
sinceros. Prabhupada não estava interessado em possuir muitos
templos e controlar milhões de discípulos a fim de desfrutar boa
comida e bom sono como muitos de seus irmãos espirituais estavam
fazendo. Sua visão era muito ampla. Ele queria pregar ao mundo todo,
com todos cantando Hare Krishna e vivendo como seres humanos. Como
Rohini Kumar Swami explicou em um artigo (vide apêndice 8),
Prabhupada foi um grande Acarya, como Ramanujacarya ou Madhvacarya.
Ele apareceu para estabelecer os padrões devocionais para toda esta
era de acordo com tempo e circunstância. Devotos puros do calibre de
Srila Prabhupada são muito raros. Nós não podemos estimar a
gravidade de ofender Prabhupada como a ISKCON está fazendo agora.
"O
elo eterno entre o discípulo e o mestre espiritual começa desde o
primeiro dia em que ele ouve. Assim como meu Mestre Espiritual. Em
1922 ele disse em nosso primeiro encontro: ‘Vocês são jovens
educados, por que vocês não pregam este culto?’. Esse foi o
começo, agora está se tornando fato. Portanto, a relação começou
a partir daquele dia.
Se
você pensa em mim e trabalha para mim, então eu estou no seu
coração. Se você ama alguém, ele está no seu coração. Isso é
comum, todos entendem. Se eu odeio alguém ou se eu amo alguém, ele
também está no meu coração." (carta a Jadurani, 04/09/72)
Nota:
O mestre espiritual aceita as reações pecaminosas do discípulo
sincero. Se alguém não é sincero, então não é discípulo.
Discípulo sincero quer dizer aquele que estrita e humildemente segue
as instruções do mestre espiritual. Como Srila Prabhupada disse
anteriormente: “Não é mera formalidade.” O mestre espiritual
aceita o serviço sincero e humilde do discípulo. Por compaixão,
ele absorve as reações pecaminosas do discípulo. Isto não é um
truque barato ou algo que se possa comprar, mas algo natural quando o
discípulo serve humildemente. Canakya Pandita diz: “O rei sofre
pelos pecados do estado, o sacerdote sofre pelos pecados do rei, o
marido sobre pelos pecados de sua esposa, e o guru sofre pelos
pecados de seus estudantes.” Assim, se alguém humildemente serve
as instruções de Prabhupada, sempre orando para que a misericórdia
de Krishna descenda na forma de Seu representante fidedigno, então
ele está criando uma situação na qual Krishna irá enviar um
devoto puro para ajudar aquela alma sincera. É a intensa oração de
um devoto aspirante que força Krishna a enviar um guru fidedigno.
Nada mais. Esta é a fórmula.
Um
neófito pode aceitar serviço e mau karma por um tempo. Seus limites
são muito restritos. Se ele for além dos limites, ele irá cair.
Ele simplesmente não tem a pureza para absorver ilimitadas reações
pecaminosas. Quando seu “guru” se apaga, o discípulo está mais
uma vez por si mesmo. Seu tempo e serviço foram desperdiçados e ele
tem que começar de novo, e ainda pode estar confuso com muitas
concepções errôneas e más experiências adquiridas durante seu
enredamento em uma falsa relação mestre – discípulo. Se nós
somos sinceros e necessitamos ajuda, nós devemos nos aproximar de um
devoto puro que possa de fato ajudar-nos. Neste meio tempo nós
devemos aceitar instrução de algum devoto sênior que esteja
seguindo estritamente. Krishna irá enviar um mestre espiritual no
momento certo. Leiam como Ele enviou Narada muni para Dhruva na
floresta:
"Sim,
eu quero que vocês me deem facilidades para escrever meus livros,
mas eu posso participar de alguns encontros com pessoas importantes e
elite. Você tem a visão correta da importância dos meus livros.
Livros sempre irão permanecer. Essa era a visão de meu Guru
Maharaja, e eu também a adotei. Por isso, eu comecei o meu movimento
com os meus livros, e nós seremos capazes de manter tudo com a venda
de livros. Os templos serão mantidos pela venda de livros, e se não
houver mais templos, então os livros irão permanecer." (carta
para Hamsaduta, 08/11/73)
Nota:
Aqui também está claro que quer ou não a ISKCON permaneça como
nós a conhecemos, ou se ela tornar-se não manifestada por algum
tempo, isso não importa. Enquanto houver livros, as pessoas serão
capazes de voltar ao Supremo por ler e segui-los. Porém isso não
irá acontecer se os livros são mudados na forma de adições e
edições desautorizadas. E, alarmantemente, este processo também já
foi iniciado pelos presentes conspiradores.
Prabhupada
recentemente disse: “Eu sei que aqueles que são sãos irão
aceitar. Ninguém está distribuindo tal quantidade de livros
religiosos. Por isso eu desafio todos estes tolos e patifes... Após
oitenta anos de idade ninguém pode esperar viver muito. Minha vida
está quase no fim, está no fim. Então vocês têm que continuar. E
estes livros farão tudo... Simplesmente blefando com palavras estes
falsos gurus e yogis não são nada. Porém quando as pessoas lerem
os nossos livros, então elas terão uma boa opinião.”
(Conversação em Mayapur, 18/02/76)
Nota:
São os livros que irão salvar este movimento, não o blefe do GBC.
O fato é que estes indivíduos ainda não apresentaram nenhuma base
filosófica lógica e autorizada para se imporem como “gurus”.
Assim, a carta acima ironicamente os inclui.
"No
que diz respeito aos sannyasis, eles devem ser independentes. Por que
eles deveriam aceitar ajuda de você? Eles são homens fortes, assim
eles devem administrar com sua própria força. Esse é o teste de
seu trabalho de pregação efetiva. " (carta a Rupanuga,
13/11/70)
Nota:
Qual é o teste do trabalho de pregação? Estes “gurus” da
ISKCON fizeram muito pouco por si mesmos. Eles simplesmente exploram
o legado de Srila Prabhupada e desautorizadamente usurpam suas
propriedades e templos. Eles tentaram, com sucesso misto, usurpar os
devotos dele também. Eles não estabeleceram isso tudo por si
mesmos. Eles têm alguma habilidade para imitar e posar. Eles
deveriam ter ido por si mesmos, independentemente, e pregado. Eles
podiam ter tentado estabelecer seus próprios centros com o poder de
seu carisma. Se eles fossem atualmente puros, eles teriam atraído
seguidores. Não é que todo mundo os coloca no trono e diz: “Vejam,
este é um devoto puro. Vocês não percebem pela opulência dele?
Ele deve ser puro, certo?”
Nós estávamos em
Bombaim bem depois da “nomeação”, e pessoalmente notamos como
Tamal não conseguia atrair os indianos para que o seguissem. Ainda
assim, ele conseguiu gastar um monte do dinheiro de Prabhupada
arrumando uma suíte de luxo para si mesmo no templo que Prabhupada
havia estabelecido.
"Lamento
informá-lo que a administração em Londres não está indo bem. Eu
tenho recebido muitos relatórios desfavoráveis e o mais
surpreendente deles é que a nossa pequena van que você havia
comprado na minha presença foi levada pelo proprietário devido à
falta de pagamento. Assim, nós perdemos todo o dinheiro que já
havíamos pago." (carta a Mukunda, 17/03/71)
Nota:
Este conceito tem relevância na catástrofe de hoje. Nós lamentamos
muito ver que a administração não está indo bem. O relatório
mais surpreendente é que quase todos os discípulos de Srila
Prabhupada foram embora com desgosto. Os repugnantes administradores,
o GBC, nomearam “gurus” mesmo após Prabhupada ter diretamente
dito a eles para não fazerem isso (vejam a próxima carta). Então
agora, nós praticamente perdemos todos os discípulos devido a este
comportamento ofensivo.
"Eu
não quero discutir sobre as atividades dos meus irmãos espirituais,
mas é um fato que eles não tem vida para pregação. Todos estão
satisfeitos com um lugar de residência em nome de um templo, eles
ocupam os discípulos em arranjar comida por ‘meios
transcendentais’, e comem e dormem. Eles não têm idéia ou
cérebro para propagar o culto de Sri Caitanya Mahaprabhu. Meu Guru
Maharaja costumava lamentar muitas vezes por isso, e ele pensava que
se pelo menos uma pessoa entendesse o princípio da pregação, então
sua missão teria sucesso. Nos últimos seus dias, meu Guru Maharaja
estava muito desgostoso. Na verdade ele deixou este mundo mais cedo,
caso contrário ele teria continuado a viver por mais alguns anos.
Ainda assim, ele pediu a seus discípulos que formassem um corpo
administrativo para pregar o culto de Caitanya Mahaprabhu. Ele nunca
recomendou ninguém para ser acarya da Gaudiya Matha. Porém Sridhar
Maharaja é o responsável por desobedecer esta ordem de Guru
Maharaja, e ele e outros dois que já morreram, desnecessariamente
pensaram que deveria haver um acarya. Se Guru Maharaja tivesse visto
alguém que era qualificado para ser acarya naquela época, ele teria
mencionado, pois na noite antes de sua partida ele havia falado sobre
muitas coisas, mas não mencionou nada sobre um acarya. Sua idéia
era que nenhum acarya deveria ser nomeado entre o corpo
administrativo. Ele disse abertamente: ‘Formem um GBC e conduzam a
missão.’ Assim, a idéia era que entre os membros do GBC, aquele
que fosse um acarya bem sucedido e auto refulgente
seria automaticamente selecionado. Então Sridhar Maharaja e seus
dois associados desautorizadamente selecionaram um acarya, o que mais
tarde provou ser um fracasso. O resultado é que agora cada um afirma
ser um acarya, muito embora eles possam ser kanistha-adhikaris sem
habilidade para pregar. Em alguns campos, o acarya está mudando três
vezes por ano. Por isso nós não devemos cometer o mesmo erro em
nosso campo na ISKCON. Na verdade, entre os meus irmão espirituais
nenhum deles é qualificado para se tornar acarya. Assim, é melhor
não se misturar com meus irmãos espirituais muito intimamente, pois
em vez de inspirar os nossos estudantes e discípulos, eles podem
muitas vezes polui-los. Eles já tentaram isto antes, especialmente
Madhava Maharaja, Tirtha Maharaja e Bom Maharaja, mas uma forma ou de
outra, eu salvei a situação. Esta é a minha instrução para todos
vocês. Eles não podem nos ajudar no nosso movimento, mas eles são
muito competentes para prejudicar o nosso progresso natural. Assim,
nós devemos ter muito cuidado com eles." (carta a Rupanuga,
28/04/74)
Nota:
A Gaudiya Matha se desviou ao centralizar toda a autoridade nos
ombros do grande erudito chamado Vasudeva. Eles apontaram um acarya
que mais tarde teve uma séria queda em Vrndavana. Eles ficaram
completamente embaraçados e expostos. A ISKCON afirma não ter feito
isso, porém na verdade, eles fizeram exatamente a mesma coisa,
apenas de uma forma um pouco diferente. Eles selecionaram onze
“acaryas” em vez de um e deram a cada um deles um território
para dominar. Na verdade, o Vasudeva da Gaudiya Matha era muito mais
avançado intelectualmente do que todos estes onze homens juntos. A
ISKCON afirma que eles não cometeram o mesmo erro da Gaudiya Matha.
Eles afirmam isto porque eles mantiveram tudo sob o controle do GBC.
Essa é uma completa farsa. A única diferença entre a ISKCON e a
Gaudiya Matha é que onze homens se desviaram em vez de apenas um.
Eles dividiram o mundo todo em onze territórios e cada um deles
exerce controle sobre suas zonas com rédeas curtas. O único momento
no qual o GBC exercita sua “autoridade” sobre eles é quando um
“guru” vai tão longe que seu comportamento não pode ser mais
camuflado. Mesmo então o poder do GBC para removê-lo é limitado,
como ficou claro pelo longo tempo que Hamsaduta permaneceu no seu
trono após sua depravação ter sido exposta.
Hoje
quase todos o “gurus” estão se desviando descaradamente, mas o
GBC não faz nada. Assim não há diferença. Eles receberam a mesma
corda que Vasudeva usou: foram rotulados como gurus pela mesma
pessoa, Sridhar Maharaja, e eles se enforcaram na mesma árvore: a
ambição pessoal. O GBC não tem controle algum sobre eles. Eles se
reúnem uma vez por ano e batem boca por alguns dias, então voltam
aos seus “terror-tórios” para mais um ano de exploração. Por
exemplo, no outono de 1978, um rapaz levantou sua mão no meio da
multidão e comentou a Bhagavan dasa: “Você fala muito bem, mas
você não é tão humilde.” Ao ouvir isto, Bhagavan deu um sinal a
dois de seus homens. Eles tiraram o rapaz da sala à força, e ao
levá-lo para fora o espancaram sem piedade. Este não foi um
incidente isolado. Há muitos. No capítulo dez é narrado o
inacreditável incidente da ordem de Kirtanananda para que
espancassem Jadurani. A zona de Tamal também é notória por
espancamentos.
A
ISKCON não deveria ter sido vítima da mesma abominação. Nós
somos tecnologicamente bastante avançados e temos os meios para
rapidamente comunicar as palavras de Prabhupada, tais como a da carta
acima, por todo o mundo. Se todos os discípulos soubessem apenas
desta única carta, toda a conspiração poderia ter sido facilmente
evitada. Assim, uma vez que todos os ensinamentos são classificados
e arquivados em um computador, podemos saber tudo instantaneamente
quando quer que seja necessário. A Gaudiya Matha não teve nenhuma
destas facilidades.
Esta
é a carta chave. Ela expõe uma conspiração similar àquela que
hoje nos atemoriza. Isso tem acontecido por anos, mas quem dá tanta
atenção ao problema? Aqueles que tentaram, como Giriraja Swami,
Kailasa Chandra, Yasodanandana Swami, Jadurani, etc. geralmente são
tratados com apatia ou coisa pior. Esta simples carta seria
suficiente para acionar qualquer discípulo sincero contra a
conspiração da “nomeação” na ISKCON.
“Assim,
todos os vaishnavas são autoridades para pregar a consciência de
Krishna, porém há níveis de autoridades. No todo, se a intenção
dele é me suprimir e esta é a razão pela qual ele veio aqui, então
como podemos recebê-lo? Ele já havia dado uma má impressão a um
professor. Ele pode ser tratado como hóspede. Se ele vier ao nosso
centro, dê-lhe prasada e honre-o como um vaishnava mais velho, mas
ele não pode falar ou dar palestra. Se ele quiser dar palestra, você
pode dizer a ele que já há outra pessoa escalada para falar. Isso é
tudo.” (Carta a Satsvarupa, 04/06/75)
Nota:
Esta carta diz respeito a Bon Maharaja. Primeiro ele parecia cooperar
com Srila Prabhupada. Por exemplo, ele magnanimamente ofereceu
facilidades em Vrindavan para qualquer discípulo ocidental que Srila
Prabhupada quisesse enviar à Índia para treinamento. Porém, mais
tarde ele voltou-se contra Srila Prabhupada. Então, Prabhupada lidou
com ele muito rigorosamente. Bon Maharaja envenenou a mente de um
discípulo de Prabhupada e quase envenenou Acyutananda Swami. Ele
tentou fazer com que os discípulos de Srila Prabhupada na Índia
tivessem um ponto de vista relativo sobre Srila Prabhupada. Os
sannyasis líderes da Gaudiya Math geralmente tinham esse tipo de
ponto de vista sobre Srila Prabhupada. Porém, Bon Maharaja cometeu
uma ofensa ao tentar injetar isso na mente dos discípulos de
Prabhupada. Ele foi um tanto bem-sucedido nisso.
Srila Prabhupada
teve que minimizar a influência de Bon Maharaja porque ele havia
provado ser invejoso. Ele havia utilizado algumas técnicas que
parecem violar a etiqueta vaishnava de alguma forma. Essa técnicas
estão sendo imitadas pelos “gurus” da ISKCON hoje. Eles
proclamam ter grandes resultados e qualquer um a parte de sua
conspiração é declarado como um falso discípulo porque ele não
tem grandes resultados. Na verdade, essa é uma apresentação muita
ilógica da parte deles pela simples razão de que eles não têm
nenhuma das qualidades divinas de Prabhupada, mas estão apenas
vivendo às custas do legado de Srila Prabhupada. Os “gurus” da
ISKCON gostam de imitar este humor para por de lado seus irmãos
espirituais, mas eles não têm direito algum de fazer isso.
Conclusão: Esta
idéia de acaryas nomeados por algum ‘vidente’ não é nada nova.
No Caitanya-caritamrta nós temos o exemplo do ramo de Advaita Acarya
na árvore de Caitanya. Ele se dividiu em dois: um ramo se desviando,
outro não. Então há o caso da Gaudiya Math. Assim como Prabhupada
deu instruções para como reconhecer Karmis, Mayavadis, Sahajiyas,
hippies, políticos, demônios, etc., ele também deu muitas
instruções para reconhecer acaryas nomeados por algum ‘vidente’.
Às vezes pode ser um pouco difícil reconhecer, mas no caso dos
autonomeados acaryas da ISKCON, é algo descaradamente óbvio. Suas
ofensas têm contaminado a atmosfera do planeta inteiro. No
Caitanya-caritamrta nós encontramos: “Quando quer que um devoto
avançado seja insultado, pelo erro de uma pessoa, toda uma cidade ou
local é aflitivo.” Nesta história, porque Ramachandra Khan
ofendeu o Senhor Nityananda, não apenas foi Ramachandra Khan
perseguido pelos muçulmanos, mas toda a cidade teve que sofrer o
mesmo destino. Da mesma forma, pode parecer que há alguma atividade
de pregação acontecendo na ISKCON no presente, mas elas estão
sendo arruinadas pela presença de guru-aparadha. Não apenas os
devotos dentro da ISKCON estão sofrendo, mas mesmo os devotos que
abandonaram a ISKCON estão sofrendo, pois eles estão tolerando esta
terrível ofensa. Tal tolerância permite que ela continue. Até que
este veneno seja removido, todos os devotos, não importa a distância
que eles tentem correr e se esconder, serão afetados. Prabhupada é
Jagat-Guru, o mestre spiritual do planeta todo, e como tal não há
lugar onde os devotos possam ir pregar sem serem afetados pela
guru-aparadha. Este livro pode parecer um pouco drástico, mas o
desvio é muito mais drástico.
Balavanta dasa
adhikari, o líder do GBC este ano, ao confrontar um devoto aflito
pela política na ISKCON, revelou o conceito subliminar no qual está
a fundação da traição toda. Ele disse: “Este movimento funciona
de modo maquiavélico. Tamal Krishna o introduziu, e Srila Prabhupada
o aprovou.” O mestre espiritual fidedigno, Srila Prabhupada, não
poderia jamais ter ordenado ou aprovado que este movimento
funcionasse de modo maquiavélico. Seus principais secretários
queriam projetar isso, e ele lhes deu corda para que se enforcassem.
Neste caso, no arranjo perfeito para enganar esses discípulos
enganadores que queriam enganá-lo, nós encontramos a verdade sobre
o mestre espiritual.
1
Notem que o autor escreveu isto em 1985, treze anos antes de
Harikesa oficialmente “ficar louco” e ir embora.
Prabhupada é nojento.
ResponderExcluirE você é um patife.
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