A Farsa das Estruturas na ISKCON Pós-Prabhupāda: Quando a Instituição Se Torna um Clube Espiritualizado




Introdução
Em qualquer organização, seja uma empresa, uma comunidade ou uma instituição religiosa, é natural haver funções e cargos ocupados por indivíduos qualificados — pessoas que, por mérito, assumem responsabilidades. No entanto, dentro da ISKCON atual, isso se transformou em um campo fértil para manipulação, favorecimento e exploração.


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Funções sem Mérito, Casamentos por Dinheiro e Representatividade Vazia

Hoje, cargos e cerimônias na ISKCON são frequentemente exercidos não por mérito espiritual, mas por conveniência institucional. Um exemplo grotesco é a banalização do casamento — cerimônias realizadas várias vezes por um mesmo indivíduo, com a mera exigência de uma "contribuição monetária" e um sacerdote disponível. Tudo é validado como se fosse legítimo.

Na visão de Śrīla Prabhupāda, a instituição deveria contar com um representante genuíno de Deus — alguém que tivesse feito algo verdadeiramente significativo para a missão e para a humanidade. No entanto, essa exigência foi completamente distorcida pelo atual GBC, que instituiu um sistema corrompido e recheado de “gurus” eleitos sem qualquer qualificação real.


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Fragmentação e Corrupção: A Luta pelo Controle

Com a ausência de um líder autêntico e central, surgiram facções com propostas divergentes, cada qual tentando impor sua própria “linha” como padrão. Essa disputa interna não é espiritual — é política. Os templos e congregações viraram palcos de competição financeira, onde o valor de um devoto é medido por quanto dinheiro ele pode oferecer.

Nesse cenário, títulos são negociados como mercadorias, e até absurdos como a permissão para múltiplos casamentos se tornam parte do jogo, desde que se mantenha o fluxo financeiro.


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A Estrutura de Gestão Desvirtuada

Srīla Prabhupāda estabeleceu uma estrutura clara: cada templo deveria ter um presidente eleito pela congregação, junto com um tesoureiro e um vice-presidente. Hoje, esses cargos são impostos de cima para baixo, indicados pelo GBC ou por pequenos grupos fechados que controlam os bastidores e lucram com o sistema.

Qualquer devoto que não se encaixe nesse modelo ou que pense de forma independente é sumariamente descartado. A transparência foi substituída pela opacidade — ninguém sabe como os recursos são usados, os relatórios financeiros são ocultos e o que resta é uma gestão feita por “amigos” que se dividem nos lucros dos projetos.


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O Novo Negócio: “Espiritualidade” como Produto

O mais grave é que essa exploração não é apenas administrativa, mas doutrinária. Os mesmos indivíduos que controlam os cargos e os cofres são os que manipulam os ensinamentos de Prabhupāda — distorcem seus livros, adaptam suas palestras, e apresentam novas interpretações convenientes.

Qualquer tentativa de questionar ou denunciar isso é rechaçada com rótulos de “ofensor” ou “crítico negativo”. É o mecanismo de autoproteção de um sistema que teme a verdade.


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O Circo que se Repete em Todos os Lugares

Não importa o país ou o templo: o enredo é o mesmo. O palco muda, mas os personagens continuam. O “teatro” se mantém — as mesmas posições, os mesmos escândalos, as mesmas práticas — tudo camuflado sob o manto da espiritualidade.

Inclusive, muitos que participaram desse sistema acabam criando suas próprias versões do mesmo esquema: novas “linhas”, novos “mestres”, novas promessas, mas com os mesmos vícios herdados da estrutura corrompida original.


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Conclusão: A Verdade Sempre Aparece

Como já afirmado por muitos sábios, a mentira, por mais refinada que seja, sempre se revela no momento oportuno. A farsa daqueles que interpretam Prabhupāda à sua maneira está sendo exposta. Mesmo que mudem os locais, os líderes e as justificativas, a essência teatral permanece — seca, vazia e mundana.

Neste tempo pós-Prabhupāda, a verdadeira espiritualidade exige mais do que devoção cega. Ela exige discernimento, estudo direto dos ensinamentos originais e coragem para não compactuar com o circo que insiste em se apresentar como dharma.

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